Recorde: Com 2491 casos confirmados, já nos presentearam com a maior Epidemia de dengue da história

Números mesmo oficiais não condizem com a situação, 780 suspeitos, números desencontrados

Negligência, Ineficiência e Incompetência, a inércia da municipalidade levou o cidadão ao caos, ao medo e ao desespero.

Com unidades de Saúde, UPA e hospitais lotados, além de subnotificação, os números atualizados hoje pela Assessoria de Comunicação da Prefeitura Municipal de Tupã, 2.491 casos de dengue oficiais além de 780 suspeitos aguardando resultados, chegamos a maior epidemia de dengue da história de Tupã. Antes 2013 com 2.448 casos era a maior epidemia.

Mas, um simples detalhe, praticamente os 2.491 casos são até abril/2019, sendo que a de 2013 teve casos confirmados até outubro.

Óbitos

O ano com maior números de casos com óbitos em decorrência da dengue foi em 2015 com 7 casos confirmados. Em 2013 formam 4 óbitos. Neste ano, 2019, já são 5 casos oficiais. Em 2010 apenas 1 óbito.

Inseticida

O Ministério da Saúde atualmente vem utilizando malathion GT 96% para controle de
Aedes aegypti em áreas onde o vetor é resistente a piretróides, e o seu emprego era
feito com a diluição em óleo vegetal o que acarretava um maior custo.

Recentemente foi aprovada pela área de praguicidas da Organização Mundial de Saúde
(WHO Pesticide Evaluation Schemme – WHOPES) uma formulação de malathion diluição
em água (EA44).

A Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) promoveu estudo para avaliação deste
inseticida para o controle de Aedes aegypti em aplicações a Ultra Baixo Volume (UBV).
Este estudo foi conduzido por pesquisadores do Laboratório de Entomologia Aplicada –
LENA da Superintendência de Controle de Endemias – Sucen/SP e contou com a assessoria
técnica da Coordenação Geral do Programa Nacional de Controle da Dengue (CGPNCD).

Os estudos verificaram a eficácia do malathion EA44 que foi, portanto, incluído na lista de
aquisição de produtos que são adquiridos pelo Fundo Rotatório da OPAS/OMS para
distribuição aos estados e municípios.

Equipamento portátil (costal motorizado)

No caso dos equipamentos portáteis dependendo do projeto, os fabricantes indicam vazões
que variam de acordo com o desempenho do perfil de gotas geradas. Geralmente a faixa de vazão destes equipamentos pode variar de 30 a 100 ml/min devendo, portanto ser verificado o manual do equipamento em uso, e escolhida a vazão que melhor se adeque ao perfil degotas desejado.

No quadro abaixo se demonstra os parâmetros para uma faixa de vazão de 50 a 80 ml/ que se acredita ser, a mais comum dentre os equipamentos existentes nos estados. Esta
indicação pode ser ajustada em nível local para melhor desempenho da aplicação.

Considerando-se uma vazão média de 70 ml/minuto, teremos os seguintes parâmetros:
 Vazão média: 70 ml/min
 Dose: 150 ml i.a./hectare
 Concentração final: 26,7%
 Vazão/hectare: 560 ml/hectare de calda, sendo 340 ml de EA44% + 220 ml de água
 Para o preparo de 10 litros de calda: 6,1 l EA44% +3,9 l de água.

Para facilitar o manuseio do produto, evitando o fracionamento dos volumes, recomenda-se
que os mesmos sejam arredondados, portando para l0 litros de calda, pode-se misturar 6,0
litros de EA44 + 4,0 litros de água.

Nota do Ministério da Saúde

O Ministério da Saúde emitiu uma Nota Informativa para a Secretaria Municipal de Saúde, falando sobre a falta do inseticida. Trecho explica que o MS vem utilizando o inseticida Malathion EW 44%, fabricado pela empresa Bayer, empregado no controle de mosquitos Aedes aegypti para situações emergenciais com elevada transmissão das arboviroses dengue, chikungunya e Zika vírus. Desde 2017 estão sendo registrados problemas com o produto, como a sedimentação do inseticida.

Em nota, o Ministério da Saúde informou que passa hoje por um desabastecimento momentâneo do produto, em decorrência de problemas em sua formulação pela empresa produtora, o que causou vazamento de embalagens, além da sedimentação do produto, o que o inviabiliza para uso. O MS disse que a empresa produtora do inseticida foi informada dos problemas e recolheu 105 mil litros do produto, para testes e ensaios de qualidade.

“Com a crescente informação de problemas com o Malathion distribuído para os Estados, a não ocorrência da epidemia prevista nos anos de 2017 e 2018 e a baixa qualidade do produto, ocorreu à impossibilidade de utilização do inseticida, o que acarretou a expiração do prazo de validade de aproximadamente 300.000 litros do produto”. Em 2019: o estoque do Malathion na Cenadi: chegou a 377.463 litros disponíveis, ainda 299.000 litros vencidos e 105.000 litros com problemas de sedimentação.

Em janeiro de 2019 “houve autorização do Secretário de Saúde para recolhimento de lotes do inseticida para realização de testes. “Após tratativa entre Bayer, OPAS, Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) e Secretaria Executiva (SE) do Ministério da Saúde foi repassada à Bayer 105.000,00 litros para ensaios de verificação da causa da não conformidade do produto. O Ministério foi comunicado pela Bayer da reposição no mês de junho dos 105.000,00 litros de produto. Os lotes do produto já se encontram a caminho por modal marítimo”, diz a nota.