Maior número de focos de dengue é encontrado em materiais de fácil manejo

Prefeitura alerta moradores sobre a necessidade de vistorias diárias em quintais e terrenos particulares

Com o número de casos de dengue aumentando em todo o Estado, a Prefeitura de Tupã, por meio do Departamento de Endemia e Entomologias, vem levantando dados que ajudem no combate à dengue aqui no município. Dentro das ações, o Departamento reuniu dados sobre os recipientes que são encontrados os maiores números de foco do mosquito Aedes aegypti. Os dados foram levantados durante ações de visitas casa a casa, do dia 1º de janeiro até o dia 22 de fevereiro.

O balanço aponta que recipientes móveis são os mais encontrados com larvas do mosquito (272); seguido de recipientes fixos (80); recipientes passíveis de modificação/alteração (62); depósitos não elevados (16); pneus (11).

Os dados coletados são classificados de acordo com as instruções de preenchimento de Boletim de Vigilância e Controle da Secretaria de Estado da Saúde, onde os grupos e tipos de recipientes são divididos em 7 categorias que vão de A à G.

Tipos de recipientes

Categoria A – Depósito Elevado (Ligado à rede; Não ligado à rede)

Categoria B – Depósito não Elevado (Ligado à rede; Não ligado à rede)

Categoria C – Móveis (Vasos de plantas; prato/pingadeira; recipientes de consumo animal; depósitos para construção ou horticultura; piscinas desmontáveis; latas; frascos; plásticos utilizáveis; garrafas retornáveis; baldes; regadores; bandejas de geladeira ou ar-condicionado; material de construção; outros)

Categoria D – Fixos (Ralos internos e externos; lajes; calhas; vaso sanitário/caixa de descarga; piscinas; depósitos para construção ou horticultura; recipientes de consumo animal; outros)

Categoria E – Pneus (Pneus e outros materiais correlatos)

Categoria F – Passíveis de remoção ou alteração (Latas; frascos; plásticos; garrafas descartáveis; lonas; encerados; entulhos de construção; peças; sucatas; masseira; barco; outros)

Categoria G – Naturais (Oco de árvores ou bambus; bromélias; outros)

O responsável pelo Departamento, Marco Antônio de Barros, destacou que o levantamento só confirma a necessidade da cooperação dos moradores na verificação dos quintais e terrenos particulares, visto que a maioria dos focos com larvas do mosquito são encontrados no acúmulo de água em recipientes domésticos ou descartados irregularmente.

“Os dados só concretizam algo que já estamos mostrando há muito tempo, de que precisamos unir forças no combate à dengue. Os moradores precisam adotar o hábito de verificar seus quintais, além de nos ajudar permitindo que agentes de Endemias também possam fazer essa verificação e, se necessário, a eliminação correta dos focos encontrados”, disse.

O secretário municipal de Saúde, dr. Miguel Ângelo de Marchi, destacou que as recentes chuvas foram fatores ideais para o aparecimento de novos focos, e que nesta época é necessário que os cuidados sejam dobrados.

“Se todos fizerem um pouco todos os dias, podemos evita que mais casos da doença sejam confirmados. Estamos com equipes nas ruas completando diversas etapas no combate à dengue, e vamos continuar trabalhando para evitar que mais pessoas fiquem doentes”, disse.