Morte de idosos acima dos 90 cai após aplicação da vacina em Marília

A Vigilância Epidemiológica da Secretaria da Saúde de Marília já vê os efeitos da vacinação na cidade. A queda na internação e na mortalidade de marilienses com 90 anos ou mais é um desses indícios.

Essa faixa etária foi uma das primeiras a serem vacinadas, ou seja, a imunização ocorreu logo depois da aplicação feita nos trabalhadores dos serviços de saúde. Os mais idosos começaram a receber as doses de forma ampla em Marília no dia 8 de fevereiro.

Entre os óbitos notificados no município, referentes a pacientes que iniciaram sintomas a partir daquela data, os idosos com mais de 90 anos – ou esta idade – representam 2,4% do total.

Em comparação com as mortes por Covid-19 notificadas na cidade antes do início da vacinação, este grupo – das pessoas mais velhas – representava 9,4% dos óbitos. Índice atual é quase quatro vezes menos o anterior.

Além disso, foi observada redução nas notificações de mortes dos idosos com mais de 90 anos, em relação ao total de óbitos por Covid-19 em Marília. Queda foi de 74,4%.

INTERNAÇÕES

Também é possível identificar que caiu quase pela metade a proporção de internações depois da aplicação das doses. Antes da vacina, esse grupo representava 2,5% dos internados por Covid-19 em Marília. Depois, passou a retratar 1,4% do total.

As informações foram levantadas pela reportagem do Marília Notícia diretamente nos bancos de dados do Governo do Estado, utilizados para classificação regional do Plano São Paulo.

VIGILÂNCIA

A supervisora da Vigilância Epidemiológica, Alessandra Arrigoni Mosquini, confirma ao MN que a Secretaria da Saúde tem observado a queda na mortalidade dos idosos com 90 anos ou mais pelo novo coronavírus, depois da aplicação do imunizante.

Diante da constatação, ela avalia que “precisamos vacinar o mais rápido que pudermos, a maior quantidade que pudermos. Mas, para isso, precisamos de vacina”.

A Prefeitura de Marília reclama que tem recebido doses inferiores aos números de idosos de cada faixa etária. O Estado nega repasse menor e o Ministério Público investiga o impasse.

“Não recebemos vacinas em quantidade [suficiente] e tempo oportuno. A campanha de vacinação ainda é morosa no Brasil”, lamenta a supervisora.

Outro problema, segundo Alessandra, são as variantes do coronavírus. “E as novas cepas estão avançado para outros grupos, já que estes idosos com mais de 90 anos estão vacinados”, aponta.

Fonte: marilianoticia