Conta de luz sobe até 6,9% para consumidores da Energisa

Close up of electric tungsten bulb illuminating

A partir do dia 12 deste mês, os consumidores atendidos pela concessionária Energisa Sul Sudeste em Presidente Prudente e cidades da região pagarão até 6,9% mais caro na conta de energia. O reajuste foi aprovado nesta terça-feira (7) pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em revisão anual da tarifa.

Atualmente, a empresa atende a 797 mil unidades consumidoras de 85 munícipios situados nos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Paraná.

O reajuste foi impactado, em especial, pelos custos de aquisição e de transmissão de energia.

Para o consumidor residencial, a conta ficará 3,32% mais cara, enquanto que o maior valor será para as indústrias, que sofrerão elevação de 6,9% na tarifa de energia.

Confira na tabela os efeitos do reajuste:

EmpresaConsumidores residenciais – B1 Convencional
Energisa Sul-Sudeste3,32%
EmpresaClasse de Consumo – Consumidores cativos
Baixa tensão
em média
Alta tensão
em média (indústrias)
Efeito Médio
para o consumidor
Energisa Sul-Sudeste4,03%6,90%4,87%

O efeito médio da alta tensão refere-se às classes A1 (>= 230 kV), A2 (de 88 a 138 kV), A3 (69 kV) e A4 (de 2,3 a 25 kV).

Para a baixa tensão, a média engloba as classes B1 (Residencial e subclasse residencial baixa renda); B2 (Rural: subclasses, como agropecuária, cooperativa de eletrificação rural, indústria rural, serviço público de irrigação rural); B3 (Industrial, comercial, serviços e outras atividades, poder público, serviço público e consumo próprio); e B4 (Iluminação pública).

Poderia ser maior

De acordo com a Aneel, o reajuste poderia chegar a 10,47% caso a Energisa não entrasse com pedido de auxílio, chamado ‘Conta-covid’, o que permitiu diluir o aumento tarifário que ocorreria neste ano.

Do ponto de vista do consumidor, a Conta-covid foi organizada para evitar reajustes maiores das tarifas de energia elétrica. O aumento da conta seria elevado por efeitos como, principalmente, o reajuste do preço da energia gerada em Itaipu, que acompanha a variação do dólar; a alta na remuneração das políticas públicas do setor (via cota da Conta de Desenvolvimento Energético – CDE); e o repasse de custos de novas instalações de sistemas de transmissão.

Se não houvesse a proposta da Conta-covid, todas essas despesas seriam incluídas integralmente nas contas de luz já nos próximos reajustes, para serem pagas em 12 meses. Com a conta, esse impacto será diluído em prazo total de 65 meses.

“A Conta-Covid endereça os problemas vivenciados pelas distribuidoras, ao lhes garantir recursos financeiros necessários para compensar a perda de receita temporária em decorrência da pandemia e protege o resto da cadeia setorial ao permitir que as distribuidoras continuem honrando seus contratos”, diz a agência.

Fonte: portalprudentino/ por Rogério Mative