Nuvem de gafanhotos se aproxima do Brasil e está a 130 km da fronteira

O governo brasileiro já estuda o uso de mais de 400 aviões agrícolas para controle dos insetos, caso cheguem ao país

A nuvem de gafanhotos que avança pela Argentina está cada vez mais próxima da fronteira com o Brasi. Segundo o balanço do governo da Argentina desta quarta-feira (24), os insetos estão a 130 km do município brasileiro de Barra do Quaraí, no oeste do Rio Grande do Sul.

Nuvem de gafanhotos

O chefe do serviço de monitoramento do país vizinho, Héctor Medina, informou em seu Twitter que a nuvem também está a mesma distância da cidade de Bella Unión, no Uruguai, para onde os especialistas do Ministério da Agricultura brasileiro acreditam que os insetos vão migrar. 

O governo do Brasil já estuda o uso de mais de 400 aviões agrícolas para controle dos insetos, caso cheguem ao país. A recomendação é que o combate aos gafanhotos seja feito pelas autoridades.

Entenda

Uma nuvem de gafanhotos colocou as autoridades argentinas em alerta. Segundo o Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agroalimentar (Senasa), órgão regulador do país andino, os insetos avançam rumo a uma região classificada como perigosa, e que fica próxima à fronteira com o Rio Grande do Sul. Imagens divulgadas nas redes sociais são impressionantes. 

De acordo com o boletim divulgado pelo Senasa, a tendência é de que a nuvem, que teria surgido em maio, no Paraguai, avance para a província de Entre Ríos, ao oeste do Rio Grande do Sul. 

O governo da província de Córdoba, por sua vez, estima que os insetos que estão na área chamada de “precaução”, em um quilômetro quadrado. Segundo o executivo, é possível que cerca de 40 milhões de insetos estejam na nuvem. Eles são capazes de comer o que 2 mil vacas consomem em um dia 

Ainda de acordo com as autoridades argentinas, a nuvem se moveu quase 100 quilômetros em um dia devido às altas temperaturas e ao vento na região de Córdoba. O governo reforça que as condições climáticas serão decisivas para o deslocamento nas próximas horas.

Fonte: otempo.com.br