Marília tem mais de cem novos casos de dengue; veja balanço atualizado

O total de vítimas em Marília, neste ano, subiu para 528, incluindo uma morte. Comportamento da população é fundamental

Mais de cem pessoas receberam diagnóstico de dengue nos últimos sete dias. O total de casos em Marília, neste ano, subiu para 528, incluindo uma morte, que teve a doença como causa confirmada nesta semana. Prefeitura intensifica ações de combate, mas reitera que conscientização de todos é fundamental.

São mais 108 casos confirmados. Na última quinta-feira eram 420 e agora são 528. Além disso, há 577 pacientes atendidos como dengue, aguardando o resultado do exame.

Quanto mais pessoas contaminadas pelo vírus da dengue mais aumenta a transmissão, já que o mosquito Aedes aegypti transmite a doença picando alguém doente e depois outras pessoas.

A única forma de prevenção é não deixar água parada e fazer uso de repelente. O mosquito tem uma proliferação muito rápida, bastando o equivalente a uma tampinha de garrafa com água para que se reproduza. Dezenas de ovos eclodindo em menos de uma semana.

“O número de casos está alto e em praticamente todos os bairros da cidade. É de extrema importância a colaboração dos moradores, evitando o acúmulo de água parada em suas residências”, considerou o veterinário da Divisão de Zoonoses da Secretaria Municipal da Saúde, Lupércio Garrido.

Marília corre risco de nova epidemia

No ano passado, a cidade vivenciou uma epidemia de dengue, com 1.599 registros da doença e duas mortes. Agora há o risco de um quadro ainda pior em 2021, com média mensal de 176 casos, superior a de 2020.

Em 2019 o quadro também foi epidêmico, com 2.989 pessoas contaminadas. Entre 2016 e 2018 o mosquito Aedes aegypti não representou uma ameaça maior.

Já em 2015 o município passou pela maior epidemia de dengue da sua história, com 16 mil casos suspeitos, embora nem todos tenham sido confirmados (pelo grande volume de pacientes). Naquele ano houve pelo menos 20 atestados de óbito.

Ações municipais

Desde o final de fevereiro, a cidade tem sido pioneira na instalação das estações disseminadoras de larvicidas para o combate à dengue. Mais de 300 delas já foram colocadas em pontos considerados estratégicos, como borracharias, ferro velho, cemitérios, depósitos e outros locais que acumulam água.

Além de residências no bairro Jardim Aeroporto, zona leste da cidade, uma das áreas com mais número de casos. Fora isso, os agentes de controle de endemias seguem com a ação casa a casa.

Boletim de dengue mostra risco epidêmico em 2021, com média de 176 novos casos por mês:

Fonte: jornaldamanhamarilia/ por Ana Carolina Godoy