Com mais de 600 casos, Marília decreta emergência por epidemia de dengue

Prefeito Daniel Alonso decretou hoje situação de epidemia e emergência.

Com mais de 600 casos confirmados de dengue só em 2024, o prefeito Daniel Alonso (sem partido) decretou situação de epidemia e emergência em Marília. O decreto de nº 14.263, de 5 de fevereiro de 2024, foi publicado na edição do Diário Oficial do Município desta terça-feira (6).

O documento leva em consideração a situação da cidade, que apresenta aumento exponencial no número de positivados.

Segundo a administração municipal, de 1º de janeiro a 5 de fevereiro deste ano, foram registrados 635 casos positivos em Marília, ou seja, um aumento de 1.884% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o município apresentava 32 confirmados.

De acordo com o decreto do prefeito, as medidas de contenção seguem a preocupação de todo território nacional. Ou seja, o cenário epidemiológico do país pode tornar ainda mais propício o aumento da transmissão de dengue em 2024, o que possibilitaria uma epidemia de maiores proporções.

Como medida de contenção, Alonso determinou a formação de um comitê de enfrentamento às arboviroses, com o objetivo de mitigar a curva da doença. A Secretaria Municipal da Saúde está autorizada a requisitar pessoal e equipamentos dos diversos órgãos da administração pública e aos demais entes federativos, sem a necessidade de tramitação burocrática.

“Fica o Município autorizado a utilizar todos os recursos e equipamentos necessários para detectar focos e eliminar criadouros do mosquito, bem como outras providências que se fizerem necessários”, pontua o decreto, que permite o Executivo lançar mão da legislação vigente.

Com o retorno dos alunos da rede municipal às escolas, após o período de férias, algumas medidas também devem ser tomadas para combater a proliferação do Aedes aegypti, transmissor da doença.

O Comitê Municipal de Enfrentamento às Arboviroses vai ser composto por Alessandra Arrigoni Mosquini, enfermeira e supervisora da Vigilância Epidemiológica; Vivian Martinelli Funai, supervisora de Zoonoses; Luciano Rocha Villela, médico veterinário e supervisor da Vigilância Sanitária; Cristiane Costa e Silva Menegucci, supervisora de Acompanhamento do Programa Estratégia Saúde da Família; Luciana Caluz Carvalho Pereira, supervisora do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest); Alessandra Lupion, supervisora de Serviços Administrativos; Vanderlei Dolce, secretário municipal de Limpeza Pública e Serviços; Cidimar Luiz Furquim, secretário municipal de Suprimentos; e Mauro Brito de Abreu, diretor de divulgação e comunicação.

Conforme a supervisora da Vigilância Ambiental, Vivian Martinelli Funai, os agentes comunitários têm intensificado a fiscalização no município e fazem pesquisa nos imóveis, com aplicação de larvicidas em recipientes e ralos que podem se tornar focos do mosquito.

Vivian alerta que os agentes agora devem notificar o morador para regularizar locais que podem ser criadouros do mosquito. “É importante ressaltar que o supervisor de saúde é uma autoridade sanitária e pode aplicar multa de R$ 500 a R$ 5 mil”, conclui. Ações de intensificação estão sendo realizadas por toda a cidade.

Inicialmente, 80 quarteirões foram priorizados entre os dois setores citados, com o reforço de 15 agentes de controle de endemias. A região ganhará um reforço na limpeza urbana a partir de hoje, preparando os imóveis para receber a nebulização, posteriormente à limpeza, já nos próximos dias.

Em caso de sintomas da dengue, como febre alta (acima de 39ºC), acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, procure a unidade de saúde de seu bairro ou a mais próxima de sua casa.

Em Marília o cidadão pode procurar atendimento em uma Unidade de Saúde da Família (USF), Unidade Básica de Saúde (UBS), Pronto-Atendimento (PA) da zona sul, e Unidade de Pronto-Atendimento da zona norte. A unidade de saúde do Nova Marília funciona em horário ampliado, das 17h às 22 horas.

Fonte marilianoticia/ POR GUSTAVO CÉSAR