A Vigilância Epidemiológica de Marília investiga dois casos suspeitos de contaminação pela variante ômicron na cidade. Notificação foi feita ao órgão municipal na tarde desta quinta-feira (23), depois que um serviço privado de saúde comunicou o Estado.
Um francês de 36 anos, que chegou na cidade na semana passada acompanhado da esposa mariliense, teve sintomas brandos da Covid-19 e testou positivo para a doença. A mulher também foi testada, mas está negativa.
Ainda na semana passada, data do início dos sintomas, a família desconfiou de rinite em função da longa viagem aérea. Mas depois que uma idosa de 83 anos, avó da brasileira, também começou a manifestar sintomas, os caso passou a ser acompanhado por serviço de saúde.
A família recebeu orientação para isolamento, mas o serviço municipal só foi comunicado depois que os testes positivos do francês e da idosa foram confirmados.
Segundo as autoridades de Marília, o francês está vacinado (com esquema completo) e teria feito um teste com resultado negativo antes de embarcar. O segundo exame, já com resultado positivo, ocorreu três dias depois.
Chamou a atenção da Vigilância local o fato da idosa ter sido contaminada mesmo tendo tomado a dose de reforço. Para fontes especializadas ouvidas pelo Marília Notícia, é uma indicação de que o vírus pode ter “furado o bloqueio vacinal”, a exemplo do que tem ocorrido na Europa, onde a ômicron avança com alta transmissibilidade.
Ambos passam bem, segundo a saúde municipal, e estão isolados junto com toda a família em uma residência no território da Unidade Saúde da Família (USF) Lácio. Nesta quinta-feira foi feita a coleta de swab para o sequenciamento que irá identificar a cepa do vírus.
O sequenciamento está sendo feito pelo Laboratório Adolfo Lutz. O resultado levar deve ser divulgado, em média, no prazo de 15 dias.
CONTEXTO
Na França, 20% dos casos de Covid-19 atualmente já são atribuídos a ômicron. O Ministério da Saúde francês estima que o número de contaminações deve ultrapassar 100 mil por dia, até o final de dezembro.
Desde a quarta-feira (22), o país abriu a vacinação para crianças de cinco a onze anos. No Brasil, o Ministério da Saúde confirma 33 casos da nova cepa.