Na contramão, região lidera ranking de transmissão da covid

Taxa segue em crescimento e pode chegar a 1,25 nesta semana

Diferentemente do que ocorre com os índices estadual e nacional, a taxa de retransmissão (Rt) da covid-19 na região de Presidente Prudente deve bater a casa de 1,25, o que significa provável aumento no número de infectados pela doença. No ranking do Estado, a região aparece na primeira posição, segundo projeção feita pelo Infotracker, plataforma desenvolvida pela USP e Unesp para o monitoramento da pandemia.

Em escalada desde o mês passado, a taxa de transmissão do vírus está em 1,18. Isso quer dizer que 100 infectados transmitem a doença para outras 118 pessoas. Para sinalizar controle da pandemia, o número deve ficar abaixo de 1 por mais de 15 dias para que seja visualizada queda de novos casos.

Atualmente, a taxa estadual está em 0,82, enquanto que a nacional na casa dos 0,60. Além de Presidente Prudente, as regiões de Marília, Baixada Santista e Barretos também estão com Rt acima de 1.

Após queda

A taxa de transmissão vinha em queda na região desde 4 de julho, quando marcou 1,05. Ao longo dos últimos três meses, este número ficou abaixo de 1, chegando até a 0,52 em 16 de setembro. Contudo, voltou a apresentar tendência de alta nos últimos dias até ultrapassar a faixa de segurança, segundo levantamento realizado pelo Portal.

Na prática, o aumento da taxa refletirá diretamente no crescimento de casos de infectados pelo coronavírus na região. Até o momento, não há demonstração de disparada em internações e de mortes.

O cenário é amplamente discutido pelos especialistas em todo país, que apontam o aumento de infecção diante da liberação geral de atividades, fiscalização afrouxada e festas com aglomerações pipocando por todos os cantos. Um outro fator é a disseminação da variante Delta pelo país, que começa a dominar o quadro de infecções por covid-19.

Do outro lado, destacam a eficácia e importância da vacina em evitar aumento de internações e de óbitos.

Alerta

Segundo as projeções, a região seguirá com tendência de alta. No dia 24 de outubro, deve chegar a índice de 1,25. O maior número registrado este ano foi em junho, durante a segunda onda da covid-19. Na ocasião, o índice bateu 1,47 no dia 19 daquele mês.

Fonte: portalprudentino/ por Rogério Mative