Calor acena para o risco de nova curva ascendente
A primeira semana de setembro registrou 14 exames positivos de dengue em Marília. Apesar da desaceleração, o total de casos, 2.916, já é quase o dobro do ano passado. E o calor acena para o risco de nova curva ascendente, exigindo atenção ainda maior do poder público e da população.
Choveu e a temperatura subiu, dois itens ambientais favoráveis à proliferação do mosquito vetor da dengue (Aedes aegypti), que se reproduz em água parada.
A averiguação de quintais, terrenos e praças deve ser constante, se possível semanal, porque o clico do inseto, de ovo a mosquito adulto, é rápido e as fêmeas se alimentam do sangue, necessário à produção de novos ovos.
Ao picar pessoas que estejam contaminadas pelo vírus da dengue, o Aedes se torna vetor, transmitindo a doença a outros que picar depois. A doença desacelerou, mas os novos casos mostram que a circulação viral é constante e a forma de cortar o ciclo de contágio é reduzindo a quantidade do inseto vetor.
Neste ano, os serviços de saúde informaram 5.477 pacientes suspeitos e 2.521 foram descartados porque o exame teve resultado negativo. Outros 40 aguardam a análise laboratorial e 2.916 foram, de fato, contaminados pelo vírus da dengue.
Ainda faltam mais de três meses para o ano acabar e o total de casos de 2021 já é 82% maior que o do ano passado. O pico da doença ocorreu entre 21 de fevereiro e 15 de maio (semanas epidemiológicas 8 a 19). Neste período foram contaminadas pelo mosquito Aedes aegypti 2.212 pessoas (do total de 2.916 do ano até agora).
Já o “estouro” da dengue foi precisamente de 28 de março a 24 de abril, com mais de 200 novos casos por semana, totalizando 1.020 contaminações no período.
A partir de 16 de maio os novos casos baixaram gradativamente e a contaminação deixou de ser preocupante após 20 de junho. Mas o trabalho epidemiológico de controle da dengue é constante e a atenção da população também precisa ser.
Fonte: jornaldamanhamarilia