O Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) da Secretaria de Estado da Saúde confirmou, na tarde desta terça-feira (24), o segundo caso de Covid-19 pela variante delta em Marília. Ainda está sendo apurado se a doença é autóctone – ou seja, se foi contraída na cidade – ou é importada.
O primeiro caso foi confirmado pelo município no dia 13 de agosto, em um morador nas imediações do bairro Santa Antonieta, zona Norte da cidade. Segundo as autoridades locais de Saúde, o paciente evoluiu sem complicações.
O segundo caso confirmado foi detectado no sequenciamento genético, um instrumento de vigilância, ou seja, de monitoramento do cenário epidemiológico.
Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) informa que “o monitoramento não deve ser confundido com diagnóstico, este sim de caráter individual”.
A preocupação é não gerar uma corrida por detalhamento de variante em exames positivos. “Não é necessário, do ponto de vista técnico e científico, sequenciamentos individualizados, uma vez confirmada a circulação local da variante,” diz nota da Secretaria da Saúde Estadual.
O secretário Municipal da Saúde, Cassio Luiz Pinto Júnior, informou que a cidade pode ter até um terceiro caso positivo da variante delta. Não foram informados, porém, o estado de saúde e a localização dos pacientes.
O titular da pasta disse ainda que o trabalho realizado para bloqueio da doença segue, a exemplo do que já foi feito até aqui, ao longo da pandemia.
“A contenção é a mesma. Os atos de proteção, são os mesmos. A população tem que se cuidar. As variantes vão surgindo, até pela propagação do vírus e o ritmo da vacinação. Apesar de Marília estar na frente, estar avançada, essa vacinação poderia ser muito mais rápida se tivesse vacina”, afirma.
Para Cassio, a cidade está “fazendo bonito na vacinação, mas ainda é insuficiente para deter novas variantes”. O gestor da pasta lembra ainda que todos os imunizantes que estão sendo usados têm eficácia contra a cepa originária da Índia.
Veja baixo nota completa da SES:
“O balanço do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) aponta 266 casos da variante Delta, sendo 57 casos autóctones, dez casos importados e 199 confirmações em fase de investigação epidemiológica.
A delta, assim como a alpha, beta e gamma, são classificadas como ‘variantes de atenção’ pelas autoridades sanitárias devido à possibilidade de aumento de transmissibilidade ou gravidade da infecção, por exemplo. Até 23 de agosto, análises do Instituto Adolfo Lutz e do CVE identificaram três casos autóctones de beta, 36 de alpha e 888 de gamma.
A confirmação ocorre por meio de sequenciamento genético, um instrumento de vigilância, ou seja, de monitoramento do cenário epidemiológico, que não deve ser confundido com diagnóstico, este sim de caráter individual. Portanto, não é necessário, do ponto de vista técnico e científico, sequenciamentos individualizados, uma vez confirmada a circulação local da variante.
As medidas já conhecidas pela população seguem cruciais para combater a pandemia do coronavírus: uso de máscara, que é obrigatório em SP; higienização das mãos (com água e sabão ou álcool em gel); distanciamento social; e a vacinação contra a Covid-19.
Fonte: marilianoticia/ por Carlos Rodrigues