Clima frio pode ter influência na queda. Cuidados com água parada precisam ser permanentes
A Vigilância Epidemiológica atualizou os casos de dengue, com a inclusão de mais 144 exames positivos no balanço de 2021. O total subiu para 2.560. O ano é de epidemia, mas a transmissão desacelerou desde o início de maio, o que pode estar associado ao controle da doença, aos cuidados pela população e ao clima frio.
Entre a 8ª e a 17ª semana do ano, abrangendo de 21 de fevereiro a 1º de maio, a soma foi de 1.901 casos de dengue, 74% do total do ano até agora. Foram dez semanas consecutivas com mais de cem novas pessoas contaminadas em cada uma delas.
Da 13ª à 16ª, o total semanal passou de 200 casos. Já a semana 18, de 2 a 8 de maio, registrou redução para 81 casos, com queda gradativa desde então. Na semana seguinte foram 77; depois 38; 20; e, na última semana, nove.
A semana atual ainda não teve contagem. A curva descendente da epidemia de dengue pode ter relação com o clima frio, que dificulta a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue.
No entanto, também contribuem para essa redução as ações públicas de controle, com busca de casos e criadouros do mosquito, orientação à população e aplicação de inseticida. Além da influência direta do comportamento da sociedade, na verificação de seus imóveis, não deixando água parada.
O Aedes aegypti não nasce com o vírus, ele transmite a dengue de uma pessoa a outra ao picar quem está contaminado. O inseto se reproduz em água parada rapidamente, ciclo em torno de uma semana. Apesar da redução de novos casos, os cuidados precisam ser permanentes.
Fonte: jornaldamanhamarilia/ por Ana Carolina Godoy