O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) divulgou mais 53 novos casos de leishmaniose visceral canina em Presidente Prudente. Destes, sete foram notificados por clínicas veterinárias e somente um é importado, ou seja, vindo de outra cidade.
Segundo o órgão, todos os proprietários foram comunicados do diagnóstico e receberam orientações sobre a doença, sua forma de transmissão e as medidas de prevenção. “A Leishmaniose Visceral é uma doença grave, transmitida pela picada do mosquito palha, que pode levar à morte de pessoas e animais. No ambiente urbano, o cão é o principal reservatório da doença. No entanto, não há transmissão por contato direto com o animal, como nos casos de mordidas ou lambeduras”, diz o gerente do CCZ, Ricardo Pisca.
“No homem, a doença causa febre, emagrecimento, desconforto abdominal, aumento de baço e do fígado e fraqueza. No cão, a leishmaniose visceral causa emagrecimento, fraqueza, queda de pelo, crescimento exagerado das unhas, feridas no focinho, nas orelhas e ao redor dos olhos, além de problemas de pele diversos”, explica.
No entanto, cabe destacar que muitos animais aparentemente sadios podem estar infectados. “São os portadores assintomáticos. Os cães, nesta fase, mesmo sem qualquer alteração clínica, ao serem picados pelo mosquito, mantém a doença circulando na cidade”, cita.
Ele diz que os sintomas nos cães podem demorar de três meses a vários anos para aparecer. “Com média de três a sete meses. Assim, é altamente recomendado que cães sadios realizem o exame, no mínimo a cada seis meses. O CCZ realiza o exame de forma gratuita”, fala.
Em quatro meses, a cidade acumula 58 casos da doença em cães.
Prevenção
As larvas do ”mosquito palha” surgem em locais sombrios, com vegetação e acúmulo de matéria orgânica em decomposição, como nas situações de acúmulo de folhas e frutos caídos, além de fezes de animais.
“Promova a limpeza rotineira de seu quintal e promova a poda regular das arvores. Adicionalmente, use em seu cão coleira repelente a base de Deltametrina a 4%, pois esta coleira é capaz de afastar os insetos transmissores. Procure mais informações sobre as condições de uso destas coleiras junto ao CCZ ou com seu médico veterinário”, finaliza.
Fonte: portalprudentino