Dentistas vão para a ‘linha de frente’ na testagem de pacientes

A testagem para Covid-19, nas unidades de saúde de Marília, tem contado com o apoio dos dentistas. Com o agravamento da pandemia e aumento no número de pessoas que buscam os serviços, houve a necessidade de reforço das equipes das unidades de referência.

Em Marília, mais de 50% dos dentistas da rede pública municipal estão na chamada “linha de frente”, atuando nas testagens dos pacientes que chegam às unidades com sintomas da doença.

Após consulta e indicação do exame pelo médico responsável, o exame pode ser aplicado pelo profissional de odontologia.

“Esse apoio tem sido de fundamental importância para as equipes, já que, frente à grande demanda de exames, nosso apoio possibilita que a equipe de enfermagem seja direcionada para outras atividades na unidade de saúde”, explica a supervisora de Saúde Bucal do Município, Gláucia Raful Sacomani.

O secretário municipal da Saúde de Marília, Cássio Luiz Pinto Júnior, afirma que a assistência em saúde bucal não deixa de cumprir suas funções neste momento, e tem mantido os atendimentos das urgências e emergências odontológicas.

As urgências são atendidas na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), na zona Norte, durante 24 horas por dia. O atendimento também é feito no Centro de Especialidades Odontológicas (CEO), das 7h às 17h, e no Pronto Atendimento (PA) da zona Sul, das 17h às 23h, além das unidades da Estratégia Saúde da Família (ESF) da zona rural e distritos, para população dessas áreas.

Nos atendimentos odontológicos, conforme preconizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), houve reforço nos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).

Os óculos de proteção, rotineiramente utilizados nos atendimentos, agora são reforçados pelo escudo facial. Os cirurgiões-dentistas e auxiliares de saúde bucal usam máscaras específicas (PFF-2) e também a proteção para o corpo, com uso de aventais descartáveis e gorros.

“Neste momento epidemiológico pelo qual o município tem passado, seguindo diretrizes do Ministério da Saúde, os atendimentos odontológicos eletivos estão suspensos, inclusive no Centro de Especialidades Odontológicas (CEO), o qual passou a ser referência ao atendimento somente das urgências”, destaca Gláucia.

O serviço odontológico do município, explica a supervisora, devido às peculiaridades da assistência prestada, redobrou os cuidados com os protocolos de biossegurança, e “tem seguido, de maneira responsável, as orientações de órgãos competentes, como Ministério da Saúde e Conselho Federal de Odontologia, para segurança do profissional e pacientes”.

EVASÃO

Segundo dados da Associação Paulista dos Cirurgiões Dentistas (APCD), a redução no movimento nos consultórios e clínicas odontológicas foi de 40% a 50%, desde o início da pandemia.

Como ocorre em outras questões de saúde, a preocupação é que a “repressão da demanda” gere aumento de doenças e complicações, no futuro.

Fonte: marilianoticia