Hospital suspende cirurgias eletivas e alerta para falta de medicamentos
Leitos exclusivos para atendimento de pacientes com coronavírus lotados há um mês, falta de pontos de oxigênio e alerta para o perígo eminente de desabastecimento de medicamentos de sedação. O cenário caótico é revelado pela Santa Casa de Misericórdia diante da explosão de casos da doença em Presidente Prudente.
Em carta aberta à população, o provedor da instituição, Itamar Alves de Oliveira, revela que o hospital conta com 66 leitos exclusivos para pessoas com covid-19, sendo 21 vagas em Unidade de Terapia intensiva (UTI). Contudo, os números estão “sendo extrapolados diariamente”.
“Cabe noticiar que a quantidade de leitos não está sendo suficiente para atender todos os pacientes que procuram o hospital, inclusive, há um mês a Santa Casa está com seus leitos 100% ocupados para atendimento Covid”, cita.
De acordo com ele, a Santa Casa chegou ao “colapso total” na última quarta-feira (24), quando houve falta de pontos de oxigênio. “Muito menos ventiladores mecânicos, inclusive foi necessário utilizar os ventiladores de transporte para atender os pacientes no pronto socorro”, relata.
Neste dia, o hospital tinha 13 pacientes aguardando leitos de UTI. “E no hospital, totalizou 34 pacientes graves de UTI, sendo que 33 estavam em ventilação mecânica, todos casos de covid”, diz.
Suspendeu cirurgias
O provedor alerta para o risco de falta de medicamentos. “Além da ocupação máxima existe o risco de desabastecimento de medicamentos utilizados para sedação e devido a isso não será realizada qualquer curirgia eletiva”, avisa.
“Assim, a Santa Casa vem informar que não tem sequer um leito de UTI ou clínico disponível na ala covid para atendimento da população. As salas de emergência e de medicações estão lotadas, não tendo mais sequer local disponível para que o paciente possa esperar um leito observando as medidas mínimas de segurança”, finaliza.
Caos total
Além da Santa Casa, o Hospital Regional, Iamada e Nossa Senhora das Graças também apresentam lotação. O mesmo cenário é visto nas duas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da cidade, que não contam com estrutura para internação, porém, seguem com mais de 50 pessoas atendidas, sendo que parte encontra-se intubada em estado grave.