Marília já teve mortes por falta de internação. Não há leitos SUS nem particulares
A UPA teve novo aumento de pacientes à espera de leitos hospitalares. Agora são 19 pessoas acumuladas na sala de emergência, que foi forçosamente transformada em uma unidade de internação pela falta de vagas em hospitais. O problema se agrava porque o oxigênio de cilindro não suporta a demanda e os fornecedores não conseguem reabastecê-los.
A sala de emergência da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) se assemelha a uma UTI (Unidade de Terapia Intensiva), mas sua proposta é atender quadros emergenciais e de pré-internação.
Ainda assim a capacidade é de sete leitos, quantidade que já foi quase triplicada para socorrer os pacientes que precisam ser internados, já que não há vagas em Marília, nem fora da cidade.
“Metade desses 19 pacientes internados na UPA esperam leitos de UTI. E o oxigênio da unidade, através de cilindros, é para uso de curto período de tempo e os fornecedores estão sem logística para reabastecê-los”, disse a superintendente Márcia Mesquita Serva Reis, da ABHU (Associação Beneficente Hospital Universitário), instituição gestora da UPA.
A superintendente da ABHU afirmou que a lista de espera da Cross (Central de Regulação de Oferta de Serviços de Saúde) “é enorme”, sem previsão para liberação de vagas.
Marília perde vidas por falta de leitos
Dos oito pacientes que morreram de Covid na última terça-feira (23), três estavam esperando leito hospitalar em unidade de Pronto Atendimento; dois deles no PA Sul e um na UPA (zona norte).
Fonte: jornaldamanhamarilia/ por Ana Carolina Godoy