Posto desrespeita lacre e funcionários vão parar na delegacia

Procon acionou Polícia Militar que encontrou lacres de bombas rompidos e comprovação de venda em posto no Fragata

Lacrado após comprovação de venda adulterada de combustíveis, o posto localizado na avenida Tiradentes, no bairro Fragata, descumpriu a medida imposta pela Secretaria Estadual da Fazenda e retomou suas atividades no final da noite de quarta-feira (10).

Pela manhã, fiscais cumpriram a cassação da inscrição estadual e colocaram lacres e adesivos nas bombas de combustíveis determinando a proibição da venda de etanol e gasolina.

“Foi publicada no Diário Oficial determinando a cassação da inscrição estadual, pois as amostras coletadas numa fiscalização comprovaram as irregularidades no combustível. É uma decisão que cabe recurso apenas na esfera judicial”, afirmou o fiscal Antônio Carlos Fassoni.

O Procon recebeu novas denúncias de que o posto havia retornado a comercializar combustíveis. O diretor do órgão, José Guilherme de Moraes, acionou à Polícia Militar, que comprovou que os lacres instalados nas bombas haviam sido rompidos.

Três funcionários do posto foram levados para a Central de Polícia Judiciária (CPJ) e em depoimento alegaram que por volta das 17 horas, o gerente afirmou que a situação estaria regularizada e autorizou o retorno do funcionamento.

Durante a ação nenhuma venda foi flagrada, mas policiais militares apreenderam a máquina de cartão de crédito e uma reimpressão de um comprovante confirmou a comercialização de combustível.

O caso foi registrado como crime contra a ordem econômica e será investigado pela Polícia Civil de Marília.

Caso – Fiscalização em fevereiro do ano passado coletou amostras nas bombas de combustíveis após inúmeras denúncias de suposta fraude. Laudos feitos pela Unicamp comprovaram as irregularidades.

“Esse posto comercializava metanol no lugar do etanol. Esse produto tem a comercialização proibida no país. E a gasolina tinha mistura de 66% quando o máximo permitido é 25%, disse o diretor do Procon, José Guilherme de Moraes.

Fonte: jornaldamanhamarilia/ por Matheus Brito