Pandemia soma 186 mortes na cidade, a maioria em maiores de 60 anos, que vêm a óbito quase diariamente
Marília perdeu mais um idoso para a Covid-19. O homem de 94 anos era hipertenso e soube que estava contaminado no dia 1º deste mês. Já são 18 mortes em nove dias de fevereiro, em uma média de duas vidas perdidas a cada 24 horas. Daí a urgência na vacinação desse público prioritário, que é maioria entre as vítimas fatais.
Dos 81 óbitos registrados neste início de 2021, 76,5% eram pacientes idosos de Covid. Enquanto a campanha de vacinação beneficia trabalhadores da Saúde que não estão na linha de frente do combate à pandemia ou nem exercem a profissão, os maiores de 60 anos morrem quase todos os dias.
O idoso que teve a morte registrada no boletim municipal de Covid desta terça-feira (9) chegou a ser morreu internado no HBU (Hospital Beneficente Unimar, mas não resistiu, falecendo oito dias depois do diagnóstico, na segunda-feira (8).
De 81 mortes de 2021 em marília pela pandemia, 62 vítimas tinham acima dos 60 anos, sendo que 18 tinham de 60 a 70 anos de idade; outras 18 tinham entre 70 e 80 anos; 15 tinham mais de 80 anos; e 11 tinham acima dos 90.
Nesta semana a Secretaria Municipal da Saúde começou a vacinar os maiores de 90 anos. Na semana que vem os maiores de 85 serão contemplados, mas o ritmo da campanha segue lento em todo país.
Além disso, a polêmica quanto às prioridades das primeiras remessas impera. Isso porque não só profissionais de saúde da linha de frente do combate à pandemia foram colocados à frente dos idosos, como também todo profissional ou trabalhador que atua em estabelecimento de saúde, como secretárias, motoristas, balconistas, educadores físicos, equipes administrativas, etc.
Além disso, há profissionais da área da Saúde que não atuam e não precisaram comprovar local de trabalho para receberem a vacina.
Fonte: jornaldamanhamarilia