Em quinze dias foram confirmados 409 casos da doença
Prefeitura, com apoio de empresas privadas, em especial a Unimed, pede que a sociedade colabore para evitar uma grande epidemia de dengue no verão
“Hoje estamos declarando uma guerra ao mosquito”, afirmou com ênfase o secretário municipal de Saúde de Presidente Prudente, Valmir da Silva Pinto, enquanto discursava ao lado do prefeito Nelson Roberto Bugalho (PTB), do presidente da Câmara, Demerson Dias (PSB), e do representante da Unimed, Edson Kuramoto, na abertura da campanha “Prudente contra o mosquito”, que ocorreu na manhã de ontem, no cinema do Centro Cultural Matarazzo. O Aedes aegypti é vetor de doenças como a dengue, chikungunya, zika vírus e febre amarela.
A menção a uma batalha faz sentido no atual momento do município: são 6.383 casos de dengue confirmados desde o início do ano, uma epidemia que não cessou no inverno e que causa grande preocupação na chegada do verão, com um agravante, a chegada do tipo 2. “A circulação do vírus tipo 2 é mais um agravante. Isso significa que, via de regra, quem já teve uma doença como a dengue transmitida pelo vírus se torna imune e não vai adquirir de novo, essa é a regra. Entretanto, com o aparecimento do tipo 2, isso volta a incluir, no grupo de pessoas que podem ser contaminadas, aquelas que já tiveram a contaminação”, destaca Valmir.
A batalha, enfatizam as autoridades, só terá êxito com o apoio da população. “Ao setor público, à Prefeitura, às instituições, cabe orientar, dar o apoio, mas somos nós que temos que fazer isso, temos que ter cuidado com as nossas casas, nossos quintais, nossos jardins, não dispensarmos nada que possa acumular água e servir de criadouro do mosquito”, salienta Bugalho.
Público e privado
Outra parceria indispensável, nesta, que o prefeito considera “uma das maiores campanhas da história”, é com o poder privado. Diversas empresas se dedicam ao sucesso da iniciativa, em especial a Unimed, que disponibilizará 80 caminhões ao longo de toda a ação. O prefeito faz questão de lembrar que “apenas com o poder público não estamos conseguindo vencer”.
Bugalho acredita que essa pareceria entre a Prefeitura, empresas e sociedade é que vai vencer a guerra contra o Aedes aegypti. “Isso que vai acabar derrotando esse mosquito que causa um mal tão grande para a sociedade como um todo, mal à saúde pública, danos à integridade corporal, à vida e até danos ao patrimônio”.
Primeiro mutirão
“Não é para retirar o que incomoda o morador, mas o que beneficia o mosquito”, explica a diretora da Vigilância Epidemiológica Municipal, Elaine Bertacco, enquanto falava a respeito do primeiro mutirão que ocorrerá amanhã. Neste dia, 12 caminhões serão utilizados para recolher possíveis criadouros do mosquito, oito cedidos pela Unimed e quatro da Prefeitura.