Saúde confirma caso de sarampo e mais 11 suspeitas em Marília

A Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal da Saúde de Marília confirmou um caso de sarampo importado na cidade nesta segunda-feira (5).

Trata-se de um morador de São Paulo que passou pela cidade no mês de julho e teria contraído a doença na Capital, São Paulo.

De acordo com a  Secretaria de Saúde a notificação é de São Paulo, mas entra como caso importado para Marília porque o homem esteve no município quando estava com os sintomas e portanto há a possibilidade de ter transmitido para alguém. Sendo assim, a cidade precisa entrar com o bloqueio.

Em casos suspeitos, as equipes de saúde, com apoio dos serviços envolvidos no diagnóstico, fazem o bloqueio identificando todas as pessoas que tiveram contato com o paciente. São aplicadas vacinas de reforço e investigados possíveis sintomas.

Em 2019, em Marília, foram registrados 12 casos, sendo 11 suspeitos e um positivo no município. Segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde, os municípios paulistas registraram 632 casos confirmados este ano, a maioria na Capital e entorno (484 no total).

Altamente transmissível, o vírus do sarampo passa de uma pessoa para outra através do contato com gotículas do nariz, da boca ou da garganta da pessoa infectada, quando ela tosse, espirra e respira.

Vacina

A principal proteção é a vacina. Para imunização são necessárias duas doses. A rede municipal disponibiliza o imunobiológico e recomendou a verificação das cadernetas, com vacinação a todas as pessoas com idade entre sete e 29 anos.

Os adultos acima de 30 anos e os nascidos a partir de 1960, também devem ser vacinados, de acordo com a anotação – completando ou iniciando o esquema vacinal.

Na região de Marília a oferta de vacina segue nos parâmetros normais. A saúde está fazendo a vacinação de rotina e também eventuais bloqueios, em casos de suspeita.

Notificações

Na Vigilância Epidemiológica, não é feita a notificação específica de sarampo em casos suspeitos, mas é feita a notificação de doenças exantemáticas, um rol de patologias que incluem o sarampo.

Em 2016 foram oito casos suspeitos de doenças exantemáticas na cidade e todos foram negativos para sarampo.

Em 2017 houve três suspeitas, também todos negativos. Já no ano passado, a saúde verificou sintomas em dez pessoas e nenhum caso foi confirmado.

Esse ano, a saúde notificou sete casos suspeitos. Até agora, nenhum positivo autóctone (contraído no município).

Em 2018, ainda segundo a Secretaria Municipal da Saúde, houve campanha específica contra Pólio e Sarampo. O município superou a meta do Ministério da Saúde e imunizou 96% das crianças (com mais de um ano e menos de cinco).

Porém, grupos da população com idade superior podem ter maior probabilidade de não possuir a vacina. Por isso, a importância de procurar uma unidade, com a caderneta em mãos.