Ministério Público pede adiamento de clássico entre Corinthians e Palmeiras

Jogo de domingo, em Itaquera, está marcado para o mesmo dia de São Paulo x Coritiba e de outros dois grandes eventos na capital; FPF diz que fez reuniões com a CBF e que partida segue na data

O Ministério Público de São Paulo enviou um ofício à CBF para recomendar o adiamento do clássico entre Corinthians e Palmeiras, marcado para domingo, às 16h, na Neo Química Arena, pelo Brasileirão. O documento é do dia 23 de agosto.

Há preocupação com a possibilidade de confrontos violentos entre torcidas por causa da realização, no mesmo dia, também na cidade, do jogo entre São Paulo e Coritiba, às 20h30, no Morumbi.

Em resposta ao MP na segunda-feira, a FPF informou que manteve reuniões com a CBF, o Ministério Público e a Polícia Militar em busca de uma alternativa para a os jogos, mas “em caráter excepcional, a partida entre Corinthians e Palmeiras não será passível de alteração”.

Neo Química Arena será palco de Corinthians x Palmeiras — Foto: Arthur Sandes

Neo Química Arena será palco de Corinthians x Palmeiras — Foto: Arthur Sandes

Desde 2016, os clássicos disputados em São Paulo são realizados apenas com a torcida do clube mandante. Tem sido praxe, também, marcar jogos dos grandes clubes em dias diferentes para evitar o cruzamento de torcidas rivais em especial no sistema de transporte público.

— Vamos ter 40 mil corintianos saindo de Itaquera por volta das 18h30. Vamos ter 50 mil são-paulinos indo paro jogo por volta de 18h30, 19h. É uma movimentação muito grande, esses torcedores vão se encontrar no trem, no metro, nos bairros — alertou o procurador Paulo Castilho, que é membro da Comissão de Combate à Violência no Futebol em São Paulo.

Castilho cita ainda outros dois grandes eventos que serão realizados no domingo, na capital: a final da Copa Pioneer, no Allianz Parque, torneio de várzea em que são esperadas 40 mil pessoas, e o festival The Town, em Interlagos, com público previsto de 100 mil pessoas.

— A Comissão oficiou CBF, Federação (Paulista), tem documento do 2º Batalhão de Choque dizendo que o problema são os confrontos no metrô, trens, cercanias, bairros. Não dá pra jogar com sorte com segurança pública. Por mais que despejem policiais na rua, não vai ter em todos os pontos. Além do que, quanto custa isso? Para concentrar esse número de policiais, tem que tirar de algum lugar. Não tem sobrando.

Diante da negativa das entidades esportivas, a comissão analisa os próximos passos. Não está descartada a possibilidade de acionar a Justiça para que o clássico seja transferido para outra data.

Fonte: ge