Operação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Até a última atualização desta reportagem, agentes da PF estavam no Senado.
Por Isabela Camargo, GloboNews — Brasília
A Polícia Federal realizou na tarde desta quinta-feira (15) buscas em endereços ligados ao senador Marcos do Val (Podemos-ES).
Policiais foram ao Senado e lá permaneciam até a última atualização desta reportagem.
![O senador Marcos do Val (Podemos-ES) concede entrevista à imprensa — Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado](https://s2-g1.glbimg.com/TcpR1roJcSC5K6wyBHmm-3niNoo=/0x0:799x533/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2023/Q/Y/iQSgB2SDW74S6BHZWDMQ/marcos-do-val.jpg)
No Senado, foi proibido o acesso de jornalistas ao corredor que dá acesso ao gabinete do senador. A presença da PF alterou a rotina do Senado. Os mandados são cumpridos em Brasília e no Espírito Santo.
A operação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Moraes também determinou que do Val deve prestar depoimento.
Ele é investigado por obstruir investigações sobre os atos golpistas do 8 de janeiro.
Indícios que basearam a operação são postagens do senador em redes sociais. Ao todo, são três mandados de busca e apreensão.
Em fevereiro deste ano, do Val acusou o ex-presidente Jair Bolsonaro e o ex-deputado Daniel Silveira de organizarem uma reunião, no fim do ano, para propor o envolvimento do senador em um plano de golpe de Estado.
A assessoria de do Val afirmou que ele está em Vitória e não vai comentar a operação.
Entre os crimes em que ele pode ser enquadrado, segundo as investigações, está o de divulgar informações sigilosas que podem causar prejuízo a outras pessoas.
No Twitter de do Val, aparece o recado de que a conta foi retida por decisão judicial.