Vírus do Nilo Ocidental é identificado em aves no Norte do Brasil

Doença é transmitida pela picada de um mosquito contaminado, normalmente, o vetor é o inseto do gênero Culex (pernilongo)

O vírus do Nilo Ocidental foi identificado em algumas aves encontradas mortas no Norte do Piauí. O estado já apresenta casos em seres humanos. A infecção causa a febre do Nilo Ocidental. A doença é transmitida pela picada de um mosquito contaminado. Normalmente, o vetor é o inseto do gênero Culex (pernilongo).

Os hospedeiros naturais do vírus do Nilo Ocidental são algumas espécies de aves silvestres, que atuam como amplificadoras do vírus e como fonte de infecção para os mosquitos. Os pernilogos picam as aves hospedeiras, se contaminam e passam a transmitir a doença. Seres humanos, equinos, primatas e outros mamíferos podem ser infectados pelo vírus. O homem e os equinos são considerados hospedeiros acidentais e terminais, uma vez que a contaminação do vírus se dá por curto período de tempo e em níveis insuficientes para infectar mosquitos, encerrando o ciclo de transmissão.

Um estudo feito pela Fiocruz no passado, detectou o vírus do Nilo Ocidental pela primeira vez em Minas Gerais e confirmou a circulação viral no Piauí e em São Paulo. As amostras positivas foram coletadas de cavalos que adoeceram entre 2018 e 2020. O vírus normalmente é encontrado no interior, em áreas com muita vegetação.

Nem sempre as pessoas contaminadas com o vírus do Nilo Ocidental apresentam sintomas. A doença pode ser assintomática ou apresentar sintomas distintos, de acordo com cada pessoa e com o nível de gravidade da doença. Segundo o Ministério da Saúde, estima-se que apenas 20% dos infectados apresentem sinais como:

  • febre aguda de início abrupto, frequentemente acompanhada de mal-estar;
  • anorexia (falta de apetite);
  • náusea ou vômito;
  • dor nos olhos;
  • dor de cabeça;
  • dor muscular;
  • exantema máculopapular (manchas vermelhas na pele) e linfoadenopatia (nódulos e pequenos caroços).

O período de incubação intrínseca — tempo entre a infecção do hospedeiro e a manifestação de sinais e sintomas — nos humanos varia de 3 a 14 dias após a picada do mosquito. A pessoa infectada pode não apresentar sintomas ou ter sintomatologia de distintos graus de gravidade, variando desde febre passageira — acompanhada ou não de dor muscular — até sinais e sintomas de acometimento do sistema nervoso central com encefalite ou meningoencefalite grave.

Fonte: IG