PCC foi incluído por Joe Biden entre organizações passíveis de punição por tráfico de drogas
Nesta quarta-feira (17/8), Brian Nelson, subsecretário do Departamento do Tesouro americano responsável pela área de inteligência financeira e de combate ao terrorismo, foi recebido na sede do MPSP, em São Paulo, para uma reunião de trabalho acerca de uma ordem executiva do presidente Joe Biden que deu novas ferramentas às autoridades dos Estados Unidos para impor sanções a estrangeiros envolvidos no tráfico internacional de drogas. O ato também incluiu o Primeiro Comando da Capital entre as organizações passíveis de punição.
Nelson e sua delegação, composta por Joseph Dickson (adido do Tesouro americano para a América do Sul), Joshua Cohen (assessor do subsecretário), Matthew Pelligrino (diretor para África e Hemisfério Ocidental da Agência de Controle de Ativos Estrangeiros), Alexander Pares (chefe de Gabinete do subsecretário), Morgan Finkelstein (porta-voz do subsecretário) e Rodrigo Mendes Dias (conselheiro jurídico do Consulado dos EUA em São Paulo), discutiram com os promotores de Justiça Arthur Pinto de Lemos Junior (secretário especial de Políticas Criminais), Amauri Silveira Filho (secretário do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado/Gaeco), Fábio Bechara (Gaeco), Juliano Atoji (Gaeco), Lincoln Gakya (Gaeco), Luiz Bugiga (Gaeco) e Leonardo Romanelli (coordenador do Núcleo de Inteligência e Gestão de Conhecimento) a formalização de um instrumentos de cooperação. O objetivo do acordo entre o Departamento do Tesouro e a instituição é implementar um fluxo de informações que viabilize a aplicação das sanções a integrantes do PCC e a empresas utilizadas pela organização criminosa para lavagem de dinheiro.
A ordem executiva do presidente Biden envolve medidas como o bloqueio de propriedade de suspeitos e a proibição de transferências, empréstimos e financiamentos bancários. A medida também possibilita punir estrangeiros que recebam propriedades derivadas da receita do tráfico. Na prática, o PCC e seus membros e empresas relacionadas poderão ter bens e recursos financeiros bloqueados nos EUA.