Somente três municípios do país possuem atestado do Mistério da Saúde
Pleiteada desde 2017, a certificação de município livre da transmissão vertical do HIV deve ser conquistada por Presidente Prudente. Para tal, a equipe de validação do Mistério da Saúde realizará vistorias técnicas nas unidades de Saúde. Apenas três cidades do país possuem tal atestado.
Esta etapa integra o processo de validação da certificação ao município, que poderá entrar para o seleto grupo formado por São Paulo (SP), Curitiba (PR) e Umuarama (PR).
Segundo o analista técnico de Políticas Sociais do Ministério da Saúde, Esdras Daniel dos Santos, o trabalho realizado em Presidente Prudente é exemplo a ser seguido por todo o país. “Integrado, educativo, compromisso de equipe e com excelentes resultados”, comenta.
“O trabalho realizado pelo município atende aos indicadores de processo e de impacto, que são preconizados pelo guia do Ministério da Saúde. Estamos aqui para fazer a verificação dos serviços e dos dados apresentados por meio dos documentos”, explica.
Números que justificam
Após a visita técnica, será realizada mais uma etapa, a validação nacional por equipe. “A certificação de Presidente Prudente deve acontecer em dezembro, período alusivo à Luta Mundial contra a Aids. A cidade possui indicadores muito favoráveis, como cobertura de pré-natal acima de 95%, realidade que desponta em comparação a outros municípios, taxas de incidência em nível baixo, que demonstra o cuidado das equipes, ou seja, dos agravos que podem ser evitados com cuidados à gestante e que garante saúde às crianças”, declara o representante do Ministério da Saúde.
“Somos a capital regional, que recebe diariamente pacientes de 40 municípios em busca dos serviços de saúde. Esse reconhecimento é resultado de um trabalho de muitas mãos, resultado do investimento em saúde que temos empregado quase 15% acima do determinado em lei”, cita o prefeito Ed Thomas (PSB), que recepcionou a equipe nesta terça-feira (26).
Sobre a certificação e a transmissão
A certificação avalia os eixos: serviço (assistência básica, maternidades, média e alta complexidade), vigilância em saúde (produção de dados em saúde, controle epidemiológico dos agravos) e a participação social (ouvidoria e conselhos).
A transmissão vertical ocorre quando a criança é infectada por alguma IST durante a gestação, parto, e em alguns casos durante toda amamentação. Todas as gestantes e suas parcerias sexuais devem ser investigadas para IST durante o pré-natal e no momento do parto, especialmente para o HIV, sífilis e hepatites virais B e C.
Ao mesmo tempo, devem ser e informadas orientadas sobre as possibilidades de prevenção, bem como, sobre a possibilidade de riscos da prevenção da transmissão vertical para a criança quando a gestante é infectada, especialmente de HIV/aids, sífilis e hepatites virais B e C.
Rigidez
A equipe nacional é composta por Esdras Daniel dos Santos, farmacêutico e analista técnico de Políticas Sociais do Ministério da Saúde; Leonor Henriette de Lannoy, enfermeira que integra o Departamento de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde; Camila de Farias Dantas, enfermeira e gerente do Programa Estadual do IST Aids e Hepatites Virais de Pernambuco; Fábia Lisboa de Souza, médica sanitarista da Fundação Municipal de Saúde de Niterói.
Também visitam a cidade Lídia Theodoro Boullosa, graduada em ciências biológicas e membro da Rede de Isolamento e Caracterização do HIV do 1Ministério da Saúde, e Silvia Andrea Vieira Aloia. Da equipe estadual de certificação, estiveram presentes Jean Carlos de Oliveira Dantas, gerente de planejamento do Programa Estadual DIST Aids, e Valdir Pinto, infectologista presidente da Comissão Estadual de Certificação.
Eles serão acompanhados, até quinta-feira (28), por membros da Secretaria Municipal de Saúde, Programa DST Aids, Vigilância Epidemiológica Municipal (VEM), Vigilância Epidemiológica Estadual e Conselho Municipal de Saúde.
Fonte; portalp´rudentino