Mais duas mortes aconteceram em Taboão da Serra neste sábado (13), chegando ao total de 14 óbitos na cidade após espera.
Mais dois pacientes com Covid ou suspeita da doença não resistiram à espera por um leito de UTI e morreram até a tarde deste sábado (13) no estado de São Paulo, chegando a pelo menos 49 óbitos de pacientes que aguardavam uma transferência.
As duas mortes mais recentes aconteceram em Taboão da Serra, cidade mais atingida pela espera, de acordo com levantamento feito pelo G1 e a TV Globo.
Os pacientes tinham 76 e 76 anos e tinham uma liminar da Justiça concedida na sexta (12) que determinava a transferência para UTI na Grande SP em 24 horas, segundo a assessoria de imprensa de Taboão da Serra.
O G1 pediu a posição da Secretaria Estadual de Saúde sobre a situação em Taboão da Serra que disse que só pode se manifestar se tiver nome e data de nascimento dos pacientes que morreram na fila no município.
Veja abaixo as cidades que tiveram mortes de pacientes na fila por vagas na UTI:
- Taboão da Serra: 14 mortes
- Ribeirão Pires: 6 mortes
- Franco da Rocha: 5 mortes
- Bauru: 4 mortes
- Mauá: 3 mortes
- Buri: 3 mortes
- Nova Granada: 3 mortes
- Dracena: 3 mortes
- Sumaré: 2 mortes
- Rio Grande da Serra: 1 morte
- Diadema: 1 morte
- Tabapuã: 1 morte
- Irapuã: 1 morte
- Ribeirão Bonito: 1 morte
- Francisco Morato: 1 morte
Em entrevista, o secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, explicou que a criação de leitos exige uma complexa estrutura hospitalar e admitiu que o estado não tem condições de suprir a atual demanda, principalmente para casos mais graves.
“Estamos aumentando da forma que conseguimos. Quando eu falo aumentar número de leitos não é simplesmente um colchão, uma cama e um respirador. É além disso: a equipe que vai dar assistência a esse paciente. Estamos internando 130 pessoas a mais por dia nas UTIs. Nós não temos fôlego para abrir na mesma velocidade o número de leitos.”, disse
O governo de São Paulo anunciou a abertura de mais 338 leitos para pacientes de Covid-19 até o final de março. O número, entretanto, representa um valor abaixo do que o sistema de saúde, nas redes públicas e privadas, recebeu de novas demandas nos últimos dias.
Fonte: G1