Entre os casos mais recentes estão os de policiais penais de Dracena, Araraquara e Junqueirópolis. Entre os servidores há ainda outros 15 casos suspeitos. Entre a população carcerária, o DEPEN confirma quatro casos, outros 48 suspeitos e houve uma morte de detento com suspeita do coronavírus na Penitenciária 2 de Sorocaba
Subiu para 13 o número total de servidores penitenciários contagiados pelo novo coronavírus (COVID-19) no sistema prisional paulista, segundo dados apurados pelo SIFUSPESP até este 17 de abril.
Do total, três servidores da capital, sendo um do Centro de Detenção Provisória (CDP) 3 de Pinheiros, outro do Centro Hospitalar do Sistema Penitenciário e um da base de escolta da zona norte paulistana. Os demais são servidores da Praia Grande, Americana, Presidente Prudente, Mauá, Diadema, Araraquara, uma servidora de Presidente Venceslau, e dois de Dracena, sendo que dos servidores deste município faleceu no último 3 de abril.
A morte foi do policial penal Aparecido Cabrioto, de 62 anos, servidor da Penitenciária de Dracena. Ele estava de férias, passou mal depois de retornar de viagem, foi internado em isolamento na Santa Casa da cidade, mas não resistiu.
Apesar de haver mais de uma dezena de servidores confirmados com o COVID-19, a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) só confirma oficialmente um contagiado, o policial penal da Praia Grande, que foi um dos primeiros casos no sistema prisional paulista.
“A SAP continua sem transparência nos dados e, o pior, continua obrigando a categoria e a população carcerária a sobreviver sob os riscos dessa grave doença, pois segue faltando equipamentos de proteção individual para os trabalhadores, assim como álcool gel e hipoclorito de sódio para assepsia. O sindicato tem feito sua parte, denunciando, indo à Justiça, cobrando medidas da SAP, e não dá para entender tamanho descaso, ainda mais com um sistema prisional precário e superlotado com o de São Paulo”, critica Fábio César Ferreira, o Fábio Jabá, presidente do SIFUSPESP.
Entre os casos de contágio registrados mais recentes estão o de um policial penal da Penitenciária “ASP Adriano Aparecido de Pieri”, de Dracena, confirmado oficialmente pela prefeitura municipal da cidade nesta quinta-feira (16). Chefe de plantão na penitenciária, ele tem 51 anos, está internado em isolamento na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa local, não tem comorbidades e o quadro clínico é considerado bom.
Os demais são um policial penal do Centro de Ressocialização (CR) de Araraquara e outro da Penitenciária de Junqueirópolis, que teve o teste confirmado nesta sexta-feira (17) pela Santa Casa de Junqueirópolis. Ele tem 57 anos, está internado em isolamento e não apresenta comorbidades.
“A SAP continua sem transparência nos dados e, o pior, continua obrigando a categoria e a população carcerária a sobreviver sob os riscos dessa grave doença, pois segue faltando equipamentos de proteção individual para os trabalhadores, assim como álcool gel e hipoclorito de sódio para assepsia. O sindicato tem feito sua parte, denunciando, indo à Justiça, cobrando medidas da SAP, e não dá para entender tamanho descaso, ainda mais com um sistema prisional precário e superlotado com o de São Paulo”, critica Fábio César Ferreira, o Fábio Jabá, presidente do SIFUSPESP.
Entre os casos de contágio registrados mais recentes estão o de um policial penal da Penitenciária “ASP Adriano Aparecido de Pieri”, de Dracena, confirmado oficialmente pela prefeitura municipal da cidade nesta quinta-feira (16). Chefe de plantão na penitenciária, ele tem 51 anos, está internado em isolamento na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa local, não tem comorbidades e o quadro clínico é considerado bom.
Na capital, entre os casos mais recentes na cidade está o de um policial penal do setor de estatísticas da base de escolta do bairro de Santana. Vários agentes de escolta e vigilância penitenciária (AEVPs) têm sido obrigados pela Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) a se aglomerar no local, onde faltam tanto equipamentos de proteção individual quanto álcool gel. O problema vem sendo denunciado pela categoria e pelo SIFUSPESP, mas até o momento a SAP segue sem tomar providências.
Na Grande São Paulo, o outro caso confirmado é de um servidor do turno da noite do CDP de Diadema, que está afastado em isolamento desde o dia 15/4. No interior paulista, uma trabalhadora de Presidente Venceslau, trabalhadora da Penitenciária de Tupi Paulista, teve gripe com os demais sintomas do coronavírus, fez o exame e foi diagnosticada em 9 de abril.
A servidora viajava numa van que faz o transporte dos servidores de Presidente Venceslau até a unidade de Tupi Paulista, o que levou ao afastamento para quarentena de outros cinco trabalhadores penitenciários, dos quais um agente de segurança penitenciária (ASP) e outros quatros agentes de escolta e vigilância penitenciária (AEVPs).
Já os casos suspeitos apurados pelo sindicato são 15, dos quais um é servidor do CDP de Diadema, quatro são do Centro de Ressocialização (CR) de Atibaia, um é da Penitenciária 1 de Guarulhos, outro da base de escolta da capital, dois da unidade de Hortolândia, sendo um do CDP e outro da Penitenciária III.
Há ainda uma enfermeira e um policial penal da Penitenciária 2 de Sorocaba, que fizeram o atendimento e o transporte de um detento com suspeita do vírus; um policial penal do CDP de Jundiaí, que está com problemas respiratórios e internado em estado crítico no Hospital do Servidor Público; uma enfermeira e um policial penal da Penitenciária de Dracena, e outra enfermeira de Junqueirópolis.
Casos suspeitos e confirmados entre os detentos
De acordo dados do mapeamento que vendo sendo feito pelo Departamento Penitenciário Nacional (DEPEN), são 4 casos confirmados de coronavírus entre os detentos do sistema prisional de São Paulo e outros 48 com suspeitas do vírus.
No último dia 12, um detento da Penitenciária 2 de Sorocaba morreu com suspeita do vírus. Ele estava internado na UTI da Santa Casa local, junto com outro presidiário que também tem suspeita de contágio. É aguardado o resultado dos exames de ambos para confirmação ou não do coronavírus.
A partir das denúncias feitas pelos servidores penitenciários, o SIFUSPESP apurou 21 casos de suspeita de contágio entre os detentos, que são os seguintes:
– Um detento da Penitenciária Dr. Antônio de Souza Neto/Penitenciária 2 de Sorocaba;
– Nove detentos do semi aberto de Guarulhos;
– Um detento da Penitenciária de Getulina;
– Um detento Penitenciária I de Lavínia, que levou à interdição do raio 8 na unidade;
– Na Penitenciária I de Mirandópolis, quatro detentos foram hospitalizados com suspeita do vírus. Destes, um deles ficou internado entre os dias 17 e 30 de março, e permaneceu isolado na unidade aguardando o resultado do teste;
– Detento da Penitenciária 2 de Sorocaba, que foi atendido no Pronto Atendimento do Éden, sendo entubado assim que chegou e segue em isolamento. Foi realizado teste, aguardando resultado;
– Dois detentos da Penitenciária de Araraquara, que passaram mal com falta de ar em 29 de março, foram atendidos da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Vila Xavier, retornaram e ficaram isolados com suspeita do vírus. É aguardada a confirmação do resultado dos testes;
– Um detento do Centro de Ressocialização (CR) masculino de Araraquara, que ficou em isolamento;
– Um preso da Penitenciária de Itapecerica da Serra, que foi internado com sintomas do vírus no Hospital Geral do município, permanecendo isolamento na enfermaria.
No Centro de Progressão Provisória (CPP) de Campinas, uma cela foi isolada na segunda semana de abril devido às condições de higiene e de triagem precárias.
Com informações: Departamento de Comunicação – Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo (SIFUSPESP)