No Estádio Alonsão não havia orientação, segurança e nem bilheteria própria para torcida visitante
No ditato popular é como se a “banana comesse o macaco”. Assim pode ser entendida a decisão da Federação Paulista de Futebol (FPF) ao aplicar ao Osvaldo Cruz F.C. uma multa de R$ 500 porque torcedores do Azulão “comemoraram veementemente” um dos gols da equipe, na vitória contra o Tupã, na rodada do último final de semana da Segundona”.
O que ocorreu foi exatamente o contrário. Os poucos torcedores, imprensa e autoridades de Osvaldo Cruz, que foram até Tupã trabalhar ou acompanhar a partida, foi quem sofreram com a falta de segurança por parte dos promotores do evento, no caso a diretoria do Tupã F.C., mas segundo a F.P.F., “os torcedores do Osvaldo Cruz acompanhavam a partida entre os torcedores da equipe da casa, o Tupã, e causaram desconforto nos rivais, incitando manifestos e tumulto”, o que não é verdade.
A reportagem do Portal Ocnet acompanhou o jogo de perto. Dois jornalistas do Portal pagaram ingresso e entraram no estádio. Durante o percurso o que se observou foi que não havia bilheteria própria para os torcedores visitantes, nem orientação quanto a qual setor de arquibancada estaria reservado aos torcedores adversários do Tupã, como determina o Estatuto do Torcedor.
Também ao contrário do que diz a F.P.F. a partir de denúncia de membros da Diretoria do Tupã F.C. foram três ou quatro torcedores do Tupã quem incitaram o grupo de Osvaldo Cruz com ofensas verbais durante quase todo o primeiro tempo, principalmente após Osvaldo Cruz fazer 1 x 0.
A situação ficou insustentável após Osvaldo Cruz fazer 2 x 0. A equipe de rádio da Max FM foi agredida pelos mesmos agitadores, que atiraram cerveja nos profissionais de imprensa e equipamentos da emissora.
A Polícia Militar foi acionada e deu proteção aos jornalistas e torcedores até a saída do estádio.
Presidente do Azulão se diz surpreso
Rubens Romanini, presidente do Osvaldo Cruz, disse que reagiu com estranheza quando soube da punição e, imediatamente, entrou entrou em contato com a FPF. O dirigente informou que, ainda, não teve todas as respostas que solicitou, e o clube entrará com recurso para reverter a decisão.
Ainda conforme o presidente do Osvaldo Cruz, alguns cuidados que, normalmente, são tomados pela equipe da casa quanto aos cuidados com o torcedor visitante, não foram tomados pelo Tupã. Entre eles, Rubens Romanini falou sobre as ausências de bilheterias específicas e de um encaminhamento correto ao setor reservado e, também, a presença insuficiente de seguranças, o que não foi notificado pelo fiscal do jogo.
Presidente do Tupã se cala
A presidente do Tupã, Fabiane Bizo Menezes, lamentou e classificou como improcedentes as afirmações feitas pelo Osvaldo Cruz. Sobre o fato de um clube ser punido pelo comportamento do torcedor ao comemorar um gol, Fabiane disse que, ainda, não tinha ciência do fato e, então, optou em não se manifestar.
Fonte: ocnet