Neste sábado (04/5), os 41,8 mil postos de todo o país vão estar abertos para atender o público-alvo da vacina. A meta do Ministério da Saúde é vacinar 59,5 milhões de pessoas até 31 de maio
Os postos de vacinação de todo o país estarão abertos neste sábado (04/5) para o dia “D” de mobilização nacional contra a gripe. Até o dia 31 de maio deverão ser vacinadas, em todo o Brasil, 59,5 milhões de pessoas que integram o público-alvo. O dia de mobilização é uma parceria do Ministério da Saúde com as secretarias estaduais e municipais de saúde e tem como objetivo reforçar a importância da vacinação desse grupo prioritário, pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Como programação do Dia D, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, visita, neste sábado, um posto de vacinação itinerante montado no Bairro Leme, no Rio de Janeiro. Para a interação da população, principalmente das crianças, o Corpo de Bombeiros levará dois cães para interagir com o público. Além disso, o evento contará com outras atrações, também para os adultos, como tendas de ginástica e cabeleireiros.
Na parte da tarde, o ministro vistará a Unidade Básica de Saúde Jardim Edith (10’), no bairro Cidade das Moções, na capital paulista. Em todo estado de São Paulo, a meta é vacinar 13,4 milhões de pessoas do público-alvo. Até o momento, 22,9% do público foi vacinado no estado.
Em todo o país, a campanha conta com uma estrutura formada por cerca de 41,8 mil postos de vacinação e com a participação de aproximadamente 196,5 mil pessoas. Além disso, serão utilizados mais de 21,5 mil veículos terrestres, marítimos e fluviais, que possibilitarão a vacinação em populações que vivem em áreas de difícil acesso, como as ribeirinhas e os povos indígenas.
Até o dia 3 de maio, 14,5 milhões de pessoas foram vacinadas no Brasil. O quantitativo representa 24,5% do público-alvo da campanha, composto por profissionais das forças de segurança e salvamento; crianças (de seis meses a menores de 6 anos); gestantes; trabalhadores de saúde; povos indígenas; puérperas (mulheres até 45 após o parto); idosos (a partir dos 60 anos); professores da rede pública e privada, pessoas portadoras de doenças crônicas e outras categorias de risco clínico; população privada de liberdade, incluindo adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas; e funcionários do sistema prisional. A meta é vacinar pelo menos 90% de cada um dos grupos prioritários.
Os portadores de doenças crônicas não transmissíveis, que inclui pessoas com deficiências específicas, devem apresentar prescrição médica no ato da vacinação. Pacientes cadastrados em programas de controle das doenças crônicas do SUS deverão se dirigir aos postos em que estão registrados para receber a vacina, sem a necessidade de prescrição médica.
A escolha desse grupo segue recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS). Essa definição também é respaldada por estudos epidemiológicos e pela observação do comportamento das infecções respiratórias, que têm como principal agente os vírus da gripe. São priorizados os grupos mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias.
A vacina produzida para 2019 teve mudança em duas das três cepas que compõem a vacina, e protege contra os três subtipos do vírus da gripe que mais circularam no último ano no Hemisfério Sul, de acordo com determinação da OMS: A/Michigan/45/2015 (H1N1) pdm09; A/Switzerland/8060/2017 (H3N2); B/Colorado/06/2017 (linhagem B/Victoria/2/87). A vacina contra gripe é segura e reduz as complicações que podem produzir casos graves da doença
BALANÇO DE VACINAÇÃO CONTRA A GRIPE
Até o dia 3 de maio, 14,5 milhões de pessoas foram vacinadas, o que representa 24,5% do público-alvo. Os estados com maior cobertura até o momento são: Amazonas (67,6%), Paraná (38,8%), Amapá (36,5%), Espírito Santo (35,2%), Alagoas (32,2%), Minas Gerais (28,9%). Já os estados com menor cobertura são: Pará (10,4%), Rio de Janeiro (12%), Roraima (18%), Acre (18,6%), Mato Grosso do Sul (18,5%) e Piauí (19,2%). Entre a população prioritária, as puérperas registraram a maior cobertura vacinal, com 173,4 mil de doses aplicadas, o que representa 49,2% deste público.
Entre a população prioritária, as puérperas registraram a maior cobertura vacinal, com 170,7 mil de doses aplicadas, o que representa 48,5% deste público, seguido pelas gestantes (39,8%), indígenas (33,4%), idosos (32,9%) e crianças (32,5%). Os grupos que menos se vacinaram foram os profissionais das forças de segurança e salvamento (4,3%), população privada de liberdade (7,6%), pessoas com comorbidades (17,5%), professores (20,7%), funcionários do sistema prisional (21,7%) e trabalhadores de saúde (25,2%).
CASOS DE GRIPE NO BRASIL
Neste ano, até 20 de abril, foram registrados 427 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por influenza em todo o país, com 81 óbitos. Até o momento, o subtipo predominante no país é o vírus influenza A(H1N1) pdm09, com registro de 213 casos e 55 óbitos.
Todos os estados estão abastecidos com o fosfato de oseltamivir e devem disponibilizá-lo de forma estratégica em suas unidades de saúde. Para o atendimento do ano de 2019, o Ministério da Saúde já enviou aproximadamente 9,5 milhões de unidades do medicamento aos estados. O tratamento deve ser realizado, preferencialmente, nas primeiras 48h após o início dos sintomas.
A Campanha Nacional de Vacinação Contra a Influenza teve início no dia 10 de abril em todo o país. No primeiro momento, foram priorizadas as crianças e gestantes. A vacinação está aberta para todos os públicos desde o dia 22 de abril.
Por Amanda Mendes, da Agência Saúde
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