ADL 2019: Resultado pode ser um “falso índice baixo”

Portaria do Ministério da Saúde obriga municípios a realizarem o Levantamento Rápido de Índice para Aedes Aegypti

Nota do Ministério ao site

O Ministério da Saúde informa que de acordo com a Resolução nº 12 de 2017, torna obrigatório o levantamento entomológico de Infestação por Aedes Aegypti pelos municípios e o envio das informações para as Secretarias Estaduais de Saúde e estas, por sua vez, para o Ministério da Saúde, no período de outubro a 1° quinzena de novembro, e encaminhadas até a terceira semana de novembro ao ministério.  O não cumprimento dos critérios determinados por esta resolução implica na suspensão de transferência de recursos financeiros do Piso Fixo de Vigilância em Saúde (PFVS), de acordo com a portaria n° 3.469/GM/MS, de 18 de dezembro de 2017.

De acordo com o que é preconizado pelas Diretrizes Nacionais para o enfrentamento de epidemias de dengue, os municípios devem fazer seis levantamentos entomológicos por ano (LIRAa, LIA ou armadilhas). Contudo, o Ministério da Saúde colocou como meta que os municípios infestados realizem, no mínimo, quatro ciclos de visitas domiciliares por ano. A cada ciclo realizado, é necessário fazer um levantamento entomológico, para que o município possa ter conhecimento dos índices de infestação predial e direcionar as ações de combate ao Aedes aegypti, de acordo com a sua situação.

“Alexandre Penido – Jornalista da Assessoria de Imprensa e Informação”

ADL (Avaliação de Densidade Larvária)

Segundo apurado pelo site o município de Tupã iniciou na segunda quinzena de fevereiro o seu “levantamento”, as chuvas não deram trégua e o mesmo acabou na tarde do dia 1 de março, uma sexta-feira. Inclusive membros da Sucen/Tupã foram utilizados para as atividades.

Desde dezembro/18 tem ocorrido os trabalhos de nebulização devido aos casos positivos de dengue.

Em 2013 o Ministério da Saúde lançou um Manual (Metodologia para avaliação dos índices de Breteau e Predial e Tipo de Recipientes). Onde na página 23 a seguinte orientação:

4.1 PLANEJAMENTO DAS ATIVIDADES

As ações de planejamento de um levantamento rápido devem anteceder, em pelo menos duas semanas, o trabalho no campo. O levantamento necessitará de um pequeno contingente de servidores de campo, podendo-se, neste caso, selecionar aqueles que melhor desempenham seus serviços na rotina. Durante o período em que será realizado o levantamento, deverão ser suspensas as atividades de rotina, exceto as ações de bloqueio de casos de dengue. Caso o município esteja em situação de epidemia de dengue, o levantamento não deverá ser executado nesse período, pois as ações emergenciais (tratamentos espaciais, eliminação de focos, tratamentos residuais, ações de eliminação/proteção de criadouros, etc.) são prioritárias. Qualquer ação de levantamento de índices nesse período poderá sofrer influência direta das medidas de controle, não refletindo a realidade da infestação no local.

No que se vê e se ouve, o planejamento do município de Tupã esta deixando a desejar e a operacionalização das atividades não estão dando resultados.

manual_liraa_2013

Liraa

O último Liraa realizado em Tupã foi em outubro/18, sendo os índices: predial (imóveis com larvas do aedes) 5,7 e Breteau (quantidade de recipientes com larvas do aedes) 7,8.

Neste período os trabalhos levaram 10 dias, sendo que até 2012 se fazia em 3 dias no máximo.

Hoje algum “Expert” resolveu que as quadras são feitas com dois agentes (eficiência zero).

Ao invés de se fazer um planejamento diante deste números obtidos no LIRAA, preferiu-se tirar 6 dias de folga em novembro e 12 em dezembro.

Casos

Até dia 01/03, 72 casos de dengue tinham sido confirmados. O Laboratório Municipal de Análises Clínicas conseguiu para isolamento amostras  de 5 casos positivos onde foram enviados para o IAL e se aguarda o resultado para saber que tipo de vírus esta circulando nesta transmissão em Tupã.