Procurador-geral de Justiça diz que busca “melhor solução para a população regional”
O estudo da remoção de 15 presos pertencentes à facção criminosa, que a atua dentro e fora dos presídios paulistas, começou a ser feito em outubro, quando o serviço de inteligência do governo do Estado de São Paulo detectou um possível plano de resgate de um dos líderes da facção, bem como de outros integrantes que estão presos na Penitenciária Maurício Henrique Guimarães Pereira, conhecida como P2.
O desejo do Ministério Público e da Polícia Militar é de que ocorra a transferência “imediata” dos presos, em razão do grande esforço e recursos empregados para evitar as tentativas de resgate. Por outro lado, o governador do Estado de São Paulo, Márcio França (PSB), ainda não se posicionou abertamente sobre o assunto.
O procurador-geral de Justiça, Gianpaolo Poggio Smanio esteve em reunião fechada à imprensa, diversos assuntos estiveram em pauta, entre eles, a questão da segurança pública em Presidente Venceslau. Isso porque, em outubro deste ano, foi descoberto um possível plano de resgate de integrantes da facção criminosa que atua dentro e fora dos presídios, entre eles, um dos chefes do grupo. Na terça-feira, o deputado federal Major Olímpio (PSL) encaminhou um ofício ao procurador-geral para que ele peça as transferências dos chefes da organização a um presídio federal, o que, segundo afirma, “está sendo analisado”.
Conforme o documento, a remoção resultará na “desarticulação da ação idealizada, o enfraquecimento do crime organizado e a preservação de vidas”. Em entrevista a este periódico, Gianpaolo ressalta que as questões tratadas no ofício ainda estão em fase de análise, e que o MPE continua a fiscalização para encontrar “a melhor solução para a população regional”.
Nas últimas semanas, a tensão entre os moradores de Presidente Venceslau e região ficou nítida após a divulgação do suposto plano de resgate dos integrantes da maior facção criminosa que atua no Estado de São Paulo, uma vez que, no início dos anos 2000, ocorreram as megarrebeliões e, em 2006, atos de violência às forças de segurança foram marcados pela participação da facção no Estado.
Conforme explica o procurador-geral de Justiça, “não há indícios de que isso volte a ocorrer, porque a situação está sendo monitorada e controlada”. “Há um acompanhamento constante do Gaeco [Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado] e MPE, junto às polícias Civil e Militar e à SAP [Secretaria de Administração Penitenciária]”, pontua a autoridade, e salienta que “a segurança está garantida”.
“Tudo está sendo muito bem tratado pelas forças policiais, uma vez que estão sendo feitas análises e discussões [a respeito da questão de segurança], tanto com o governo do Estado de São Paulo, quanto com o Poder Judiciário, de forma a proteger a população e assegurar a segurança hoje, e garantir esta proteção futura”, comenta o procurador-geral.
Fonte: oimparcial