Policiais da Rota perseguiram os equipamentos até Caiuá, mas perderam o equipamento de vista
As forças de segurança que ocupam o perímetro da Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, no oeste paulista, detectaram na noite desta segunda-feira, 5, o sobrevoo de dois drones na região. A suspeita é que os aparelhos tenham sido usados por integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) para verificar o dispositivo de segurança desdobrado nas proximidades da penitenciária que abriga a cúpula da facção criminosa. As informações estão publicadas no site do jornal Estado de S.Paulo.
Na tentativa de abatê-los, viaturas das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota)perseguiram os drones até a cidade vizinha de Caiuá.
Os policiais, no entanto, perderam o contato com os aparelhos.
O Estado apurou que a informação sobre a presença dos drones foram repassadas às agências de inteligência envolvidas na operação criada para impedir o plano de resgate de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, líder máximo da facção. Descoberto pela inteligência policial, o plano prevê a contratação de mercenários que usariam armas de guerra, como lançadores de foguetes e metralhadoras.
Em razão disso, o Comando da Policia Militar de São Paulo solicitou ao Comando Militar do Sudeste (CMSE) o empréstimo de metralhadoras de calibre .50 para que sejam usadas na segurança do presídio. A ideia era ter o equipamento para dissuadir qualquer ataque ao presídio.
Na semana passada, policiais da Rota foram treinados no 37° Batalhão de Infantaria Leve (BIL), em Lins, no interior paulista, para usar o equipamento. Entretanto, o CMSE considera difícil o empréstimo das metralhadoras por razões legais. A arma seria de guerra e, portanto, não poderia ser usada pela força policial. Por enquanto, os homens do Comando de Operações Especiais (COE), da PM, transportaram até Presidente Venceslau metralhadoras MAG, de calibre 7,62 mm.
Vereador João Paulo pede explicação sobre reforço policial em Venceslau
O vereador João Paulo Arfelli Rondó fez pronunciamento na sessão da Câmara desta segunda-feira (5), pedindo para que as autoridades prestassem informações ao Legislativo e aos munícipes a respeito das operações que envolvem a polícia e a Penitenciária 2 de Presidente Venceslau.
O vereador disse que as pessoas estão preocupadas com a chegada de policiais e armas na cidade, e que não sabem ao certo o que está acontecendo. “Venceslau nunca passou por uma situação de medo dessas, e a população não sabe como agir”, diz Rondó ressaltando que “ninguém tem a intenção de atrapalhar a polícia, só queremos ajudar no que tiver ao nosso alcance”.
De acordo com o vereador, este esclarecimento é necessário inclusive para as pessoas que moram próximas a P2, pois todos do Residencial Faive, Jardim Eldorado e Nico Moré estão receosos com o que pode vir acontecer. “Os venceslauenses devem saber o que esperar”, conclui ele. Os colegas vereadores parabenizaram e concordaram com o apelo de Rondó.