“O país precisa de promotores e promotoras de Justiça”. Foi com essa frase que o procurador-geral de Justica, Gianpaolo Smanio, encerrou o discurso com o qual deu as boas-vindas aos novos membros do MPSP, em solenidade realizada no Salão Nobre da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), na última sexta-feira (10/8).
De acordo com o PGJ, o ingresso de 67 jovens colegas na carreira “é um momento fundamental para renovação dos ideais” da instituição. Ele lembrou o prestígio que o MPSP tem atualmente é fruto do trabalho de inúmeras gerações. “Tudo que nós construímos nessa trajetória é legado que hoje os senhores recebem”, destacou.
Smanio assinalou que a sua turma no Largo do São Francisco, formada em 1986, se chamava Constituinte. “Queríamos que o país pudesse atingir todos aqueles poderosos que desde sempre confundiram o público como privado”, afirmou, recordando a importância da Constituição de 1988 para o fortalecimento do Ministério Público.
Para o PGJ, a composição da banca examinadora do 92º Concurso, extremamente exigente, representa uma garantia do preparo de cada um dos aprovados para integrar a instituição. Instituição essa que, na visão do corregedor-geral do MPSP, Paulo Afonso Garrido de Paula, tem a sua legitimidade no que ele classifica como investidura popular. “Todo o poder emana do povo e em seu nome será exercido”, declarou o corregedor, repetindo o comando constitucional que Sobral Pinto, um dos gigantes da advocacia no Brasil, recitara, por assim dizer, em uma visita aos estudantes do Largo do São Francisco, com Garrido entre eles, em pleno regime militar.
Em nome da banca, o procurador de Justiça Mário Papaterra Limongi dividiu com os familiares dos aprovados as felicitações pelo êxito. “Vocês também são vitoriosos”, afirmou, pouco depois de ter ensinado aos novos colegas que “todas as pessoas, notadamente as mais humildes, que forem procurara a Promotoria merecem ser tratadas” com eles foram tratados pela banca examinadora: com respeito. “Nada me gratificou tanto quanto abrir a porta da instituição para vocês”, concluiu Papaterra, que está na instituição desde 1976.
A confiança depositada nos novos membros do MPSP e o reconhecimento do trabalho realizado pelas antigas gerações serviram de mote para que o promotor de Justiça João Augusto de Sanctis Garcia, o primeiro colocado do concurso, proferisse uma das ideias mais marcantes de seu discurso. “Não poderemos falhar. E não iremos falhar”, disse, pouco depois de ter feito, em homenagem a todos os familiares ali presentes, uma declaração de amor pública a Carol, sua esposa.
De acordo com ele, a ajuda da família é fundamental para quem se sacrifica com o objetivo de prestar um dos concursos mais disputados do Brasil. “Tenho certeza que vocês merecem mais do que ninguém estar aqui”, afirmou o presidente da Associação Paulista do Ministério Público (APMP), José Oswaldo Molineiro, em sua saudação.
Além das autoridades que discursaram e de outros representantes do mundo jurídico, a mesa foi composta pelo vice-presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Artur Marques da Silva Filho, pelo secretário do Órgão Especial, Antonio de Pádua Bertone, pelo secretário do CSMP, Olheno Scucuglia, pela procuradora de Justiça Ana Margarida Machado Junqueira (presidente da banca), pelo diretor de Relações institucionais da USP, Ignácio Maria Poveda Velasco, pela procuradora Evelise Pedroso Teixeira Prado Vieria (membro da banca), pelo procurador Felipe Lock (membro da banca), pela advogada Raquel Preto (membro da banca) e pelo diretor da Escola Superior do Ministério Público, Antônio Carlos da Ponte.
Núcleo de Comunicação Social