Boletim Arboviroses – 25º – 01/07/2024

O Departamento de Entomologia e Endemias da Secretaria Municipal de Saúde informa que, na semana que abrange de 14 de junho a 30 de junho, foram confirmados 46 casos de dengue. Do início do ano até esta segunda-feira (01/07), foram notificados 2.756 casos suspeitos, sendo 809 positivos.

Os principais sintomas da dengue incluem febre alta acima de 38,5°C, dores musculares intensas, dor ao movimentar os olhos, mal-estar, falta de apetite, dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo. Caso o indivíduo apresente febre e mais um destes sintomas, é recomendada a ida à unidade de saúde a qual o morador pertence.

A colaboração dos moradores é fundamental para um combate eficiente. Por isso, é importante que os munícipes permitam a entrada dos agentes e da nebulização, se informando e seguindo as instruções oferecidas pelos servidores.

O combate ao mosquito também ocorre por meio de uma limpeza semanal de 10 minutos, eliminando água parada, verificando a presença de água em ralos externos; além de, ao longo da semana, higienizar frequentemente os bebedouros dos animais e remover a água dos pratos de plantas. Com a união dos trabalhos dos agentes e dos moradores é possível evitar novos casos e reduzir o progresso da dengue em Tupã.

O acesso ao boletim também pode ser feito no site da Prefeitura (www.tupa.sp.gov.br/dengue), clicando no menu “Saúde” e escolhendo a opção “Boletim Dengue”. Além destas informações, é possível visualizar gráficos e tabelas dos dados históricos da dengue em Tupã por meio da opção “Gráficos de Histórico da Dengue”, situada no final da página do boletim.

Óbito suspeito

O Departamento de Vigilância em Saúde registrou um novo caso de óbito suspeito por dengue na última semana. De acordo com a Secretaria de Saúde, que recebeu a notificação do óbito, a vítimas é uma mulher de 67 anos, com comorbidades, residia na Zona Leste da cidade e apresentou os sintomas no dia 12 de junho, mas não resistiu e faleceu no dia 26/06. Portanto a cidade tem 12 óbitos suspeitos por dengue aguardando resultados o Instituto Adoplho Lutz.

Casos de Chikungunya

Na última segunda, 24 de junho, o Departamento de Vigilância em Saúde recebeu o resultado de quatro amostras de suspeitos de Chikungunya, os resultados foram positivos para a doença, todos da Zona Sul da cidade, todos com início de sintomas em maio. A cidade tem atuais 24 casos confirmados da doença neste ano.

São eles o Aedes aegypti, de presença essencialmente urbana, em áreas tropicais e, no Brasil, associado à transmissão da dengue; e o Aedes albopictus, presente majoritariamente em áreas rurais, também existente no Brasil e que pode ser encontrado em áreas urbanas em menor densidade.

O mosquito adquire o vírus ao picar uma pessoa infectada, durante o período de viremia, ou seja, um dia antes do aparecimento da febre até o quinto dia de doença, quando a pessoa ainda tem o vírus na corrente sanguínea.

Após um período de incubação médio de dez dias, o mosquito torna-se capaz de transmitir o vírus a um humano. Após a picada de um mosquito infectado, os sintomas da doença tipicamente aparecem após um período de incubação intrínseco médio de 3 a 7 dias (intervalo 1ª 12 dias). A maioria dos indivíduos apresenta doença sintomática após um período de incubação de dez dias. Porém, nem todos os indivíduos infectados com o vírus desenvolvem sintomas.

A Chikungunya pode causar doença aguda, subaguda e crônica. A fase aguda é mais comumente caracterizada por febre de início súbito (tipicamente maior que 39°C) e dor articular intensa. Entre outros sinais e sintomas podem incluir cefaleia, dor difusa nas costas, mialgia, náusea, vômito, poliartrite, erupção cutânea e conjuntivite. A fase aguda da Febre Chikungunya dura de 3 a 10 dias.

Na fase subaguda e crônica, as maiorias dos pacientes, após os primeiros dez dias, podem sentir uma melhora na saúde geral e na dor articular. Porém, após este período, uma recaída dos sinais pode ocorrer com alguns pacientes reclamando de vários sintomas reumáticos, incluindo fortes dores nas articulações, ossos, nos punhos e tornozelos. Os sintomas são muito comuns entre dois e três meses após o início da doença. Em alguns casos também podem ser registrados distúrbios vasculares periféricos, como a síndrome de Raynaud. Além dos sintomas físicos, podem aparecer sintomas depressivos, cansaço geral e fraqueza.