Cidade soma 1.136 casos em 46 dias; mais duas mortes são investigadas
Com o salto para 1.136 casos em apenas 46 dias, além de uma morte confirmada e duas em investigação, a Prefeitura de Presidente Prudente decidiu decretar situação de emergência na saúde em decreto publicado na tarde desta sexta-feira (17), em edição extra do Diário Oficial Eletrônico (DOE).
Conforme o decreto, a Secretaria Municipal de Saúde fica autorizada, em caráter excepcional, a firmar contratação temporária de profissionais de saúde, bem como pagamento de horas extras aos servidores da Pasta durante ações de combate à proliferação do mosquito Aedes aegypti e atendimento das pessoas infectadas pelo vírus.
Também está liberada a execução de medidas necessárias ao controle das doenças provocadas pelo Aedes, além da mitigação do mosquito transmissor.
O texto ainda determina a mobilização intensiva da Coordenadoria de Defesa Civil, Vigilância Epidemiológica Municipal e órgãos de Saúde no controle da proliferação do mosquito no município.
Explosão de casos; mortes em investigação
Entre as justificativas apresentadas pela Prefeitura para decretar situação de emergência está o crescimento vertiginoso no número de casos de dengue em comparação com igual período do ano passado.
Se nos dois primeiros meses de 2022 houve 58 casos confirmados de dengue, o número já chega a 1.136 neste ano, além de 1.624 exames aguardando resultado.
Há ainda um óbito confirmado e duas mortes que aguardam resultado de exames.
Sem veneno
Por fim, o decreto trata de fatores que agravam a situação da dengue em 2023, como o alto índice de chuvas e o desabastecimento do inseticida por parte do Ministério da Saúde, que dificultam a realização de ações de nebulização e consequentemente a eliminação do mosquito.
Cabe salientar que o cenário piora diante da avalanche de descarte irregular de lixo por toda a cidade, além de terrenos abandonados e locais com mato alto.