Produção assegura atendimentos do Pronto Socorro até a UTI
A Santa Casa de Misericórdia de Tupã é a unidade de referência no atendimento de pacientes de toda a microrregião e com a pandemia de covid-19 a demanda por tratamentos que necessitam de suporte respiratório aumentou. No entanto, a unidade possui desde 2002 uma usina própria para produção de oxigênio hospitalar, assegurando a manutenção da qualidade hospitalar.
De acordo com o encarregado de manutenção, Valdomir Lopes Serrano, a usina da Santa Casa gera 17 m³ por hora de oxigênio medicinal de forma automática. “O ar é comprimido nos tanques, e esse processo faz com que haja troca por saturação. O ar do ambiente passa pela ‘peneira molecular’ com 21% de pureza, um filtro separa as partículas de nitrogênio, gás carbônico e outros gases do oxigênio que sai com 92% de pureza”.
Além da qualidade, a autossuficiência da Santa Casa garante economia para a instituição, visto que cada metro cúbico produzido custa R$0,60, enquanto o preço de mercado de um cilindro de 10 m³ gira em torno de R$120.
A estrutura suporta 60 m³ de ar, e abastece ainda um tanque de reserva com capacidade para armazenamento de outros 60 m³. Conforme Valdomir, é possível ampliar a capacidade com o uso de torpedos (cilindros envasados), mas não houve necessidade.
“Os maquinários funcionam sem parar, 24 horas e sete dias por semana. Caso a demanda diminua, e os reservatórios fiquem cheios, ela para de produzir sozinha, e assim que detectar que os níveis armazenados caíram, voltará a operar automaticamente”, explicou.
O abastecimento de oxigênio da Santa Casa ocorre totalmente em rede, pois a distribuição é feita em tubos. A usina contempla desde os atendimentos de Pronto Socorro, Centro Cirúrgico, até UTI. A Santa Casa utiliza este maquinário desde 2019, e sua antiga usina que produz 7 m³ de oxigênio foi transferida para a Santa Casa II (Hospital São Francisco).
O prefeito Caio Aoqui elogiou a eficiência da produção. “Os equipamentos são de alta qualidade e nos transmitem segurança porque nem mesmo quando há necessidade de manutenção a máquina interrompe a produção de oxigênio. Demostrando, mais uma vez, a preocupação dos responsáveis pela instituição em oferecer a melhor assistência em saúde para nossa população”, comentou.
Para o vice-prefeito Renan Pontelli, a usina de oxigênio traz mais tranquilidade para a população em meio a pandemia do novo coronavírus. “Sabemos que a doença causa complicações respiratórias. Por isso, quero cumprimentar o provedor da Santa Casa Claudinês Luchi Arroyo, e o administrador Laércio Garcia, pelo nível dos serviços prestados ao povo da nossa cidade”, elogiou.