Desde que foi decretado o estado de emergência para combater a dengue em 2019, o município conta com um plano para o controle do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença, que é executado pelas diversas equipes das secretarias municipais de Obras e Trânsito; de Agricultura e Meio Ambiente e de Saúde.
A Prefeitura publica nesta sexta-feira (06/02) decreto prorrogando o estado de emergência mais 120 dias, visando conter a proliferação do mosquito da dengue e evitar uma nova epidemia da doença no município.
Além de estender o prazo de vigência do estado de emergência, o decreto também incluiu novas medidas preventivas contra a dengue. Uma ação específica começa a ser desenvolvida nos cemitérios públicos e privados, considerados locais críticos de proliferação do Aedes aegypti.
Segundo dados divulgados pelo departamento de Entomologias e Endemias, numa das visitas de rotina realizadas nestes locais, foram encontrados mais de 120 focos com larvas do mosquito transmissor da dengue em vasos de plantas.
Os agentes eliminaram os criadouros e aplicaram o novo larvicida biológico cepas do Bacillus thuringiensis israelensis (Bti) nestes locais. A ação se demonstrou promissora, já que durante a nova visita foram encontrados 35 focos, representando a redução de 70,8 % de recipientes com larvas do mosquito.
Com o objetivo de eliminar ainda mais a proliferação do Aedes, o decreto n°8.709 prevê ainda a eliminação de quaisquer utensílios, vasos ou ornamentos acumuladores de água nos cemitérios da cidade. Para que a medida seja efetiva, os agentes vão descartar os objetos que não são fixos.
No caso de ornamentos fixos os proprietários dos jazigos serão notificados para a regularizar a situação em até 72 horas. O diretor do departamento de Entomologias e Endemias, Marco Antônio de Barros, destacou que a medida tem por objetivo eliminar qualquer tipo de recipiente que possa servir de criadouros para o mosquito em cemitérios, quebrando boa parte da cadeia de transmissão da doença na cidade. Ele acrescenta que a medida é necessária porque o cemitério é um dos locais mais propensos para a proliferação do Aedes.
“O proprietário do túmulo é o responsável por conservar o jazigo limpo e em perfeito estado, não sendo permitida a existência de vasos ou recipientes que mantenham água parada. Vale lembrar que a Prefeitura continuará realizando diariamente a manutenção e limpeza dos cemitérios municipais”, disse.
Marco também explica que a população deve se adequar a estas medidas ao prestarem suas homenagens. “As pessoas podem homenagear seus entes queridos, porém é necessário que os vasos tenham furos para não acumularem água da chuva. Esta é uma medida, em prol da cidade e do próprio cidadão, para evitar uma nova epidemia de dengue”, concluiu.