A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo está orientando os gestores das regiões de Araçatuba e São José do Rio Preto na definição e execução de estratégias de combate ao Aedes aegypti e de medidas assistenciais quanto aos casos de dengue. Uma videoconferência foi realizada ontem.
Análises laboratoriais do Instituto Adolfo Lutz confirmaram a circulação, em 19 cidades, do sorotipo 2 da doença, que tende a provocar casos clinicamente mais graves de dengue em pacientes anteriormente infectados com outros sorotipos. Na região, foi confirmada a circulação desse tipo da doença em Andradina e Pereira Barreto.
Mais da metade desses municípios está nas áreas de abrangência das duas regiões, que também concentram grande número de casos da doença. Por isso, o foco da pasta é mobilizar os gestores para que mapeiem a rede pública de saúde local, de forma a identificar a capacidade assistencial e organizar fluxos conforme a demanda.
Conforme apontou o Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti (LIRAa) feito no final passado, cidades de ambas as regiões estão em situação de risco de proliferação do mosquitos devido ao alto índice de infestação predial (a cada cem imóveis trabalhados, foi constatada a presença de larvas em mais de 3,9 imóveis).
Em 2018, 13.908 casos de dengue foram confirmados em SP e 10 mortes. Entre os óbitos, 3 foram na região de Araçatuba (Andradina, Ilha Solteira e Pereira Barreto). As demais foram em Santo Antonio da Posse (3), Guarulhos (1), Porto Feliz (2) e Barretos (1).
Na primeira quinzena de janeiro de 2019, foram confirmados em SP 610 casos de dengue, sem confirmação de óbitos até o momento. As regiões de Rio Preto e Araçatuba concentram mais de 60% dos casos no Estado. A cidade com maior número é Andradina, com 299 casos, quase metade do total de confirmações em SP.
“O Aedes aegypti demanda uma vigilância constante, sobretudo com a chegada do verão e do período de chuvas. Contamos com o apoio da população para que eliminem os criadouros do mosquito, de forma a evitar que as pessoas sejam infectadas pelo vírus da dengue, zika e chikungunya. Além disso, queremos garantir que os serviços públicos de saúde dessas regiões estejam preparados para atender de forma qualificada os pacientes que precisarem”, diz secretário de Estado da Saúde de São Paulo, José Henrique Germann Ferreira, que participou nesta manhã da videoconferência com os gestores municipais das duas regiões.
(Com informações da assessoria de imprensa da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo)