Mesmo com nota da Prefeitura entidades se manifestarão contra a municipalização
Hoje a APEOESP (Associação dos Professores do estado de São Paulo) de Tupã, protocolou na secretaria da Câmara Municipal de Tupã o pedido para usar a “Tribuna livre” na sessão da próxima segunda-feira onde pretendem pedir aos vereadores que sejam contra a possibilidade de mais escolas estaduais se tornarem municipais. O APEOESP tem como presidente o professor Ary Neves da Silva.
Também se fará presente a AFUSE (Sindicato dos Func. e Serv. da Educação de São Paulo), conforme informou o seu representante em Tupã Osvaldo Fronio.
Já o CPP (Centro do Professorado Paulista) esteve hoje em São Paulo em reunião com o Secretário da Educação do Estado de São Paulo João Cury Neto. Segundo o professor Silvio dos Santos Martins, presidente do CPP de Tupã, o secretário entendeu que este não é o momento para esta discussão, mesmo porque é ano eleitoral e no ano que vem terá um novo Governo.
Silvio Santos também deverá usar a tribuna da Câmara Municipal de Tupã. Ele destacará que se aumentar a municipalização das escolas estaduais com toda certeza haverá o fechamento em Tupã da Diretoria regional de Ensino. “Não estão contando com os prejuízos futuros”, disse Silvio.
Vejamos, se forem municipalizadas as escolas pedidas pelo prefeito de Tupã: Helena Pavanelli; Anisio Carneiro e Esther Veris, 70 funcionários entre docentes e administrativos poderão, por exemplo, ficar adidos ou deslocados para outros municípios. E também a grande possibilidade de fechamento da Diretoria Regional de Ensino que hoje tem aproximadamente 70 funcionários. Explicou Silvio Santos.
Diante da polemica e forte manifestação dos trabalhadores do magistério a prefeitura de Tupã emitiu uma nota na tarde de hoje:
Prefeitura esclarece sobre municipalização de escolas
“A municipalização das escolas até o 5º ano do Ensino Fundamental é um fato que irá acontecer em todo o Estado de São Paulo. Sendo assim, a Prefeitura de Tupã recebeu a notícia de que deveria assumir o ensino até o 5º ano do Ensino Fundamental. Algumas cidades próximas, como, por exemplo, Marília e Presidente Prudente, já adotaram a medida.
No entanto, a prefeitura está ciente de que se a medida não for assumida de maneira responsável, graves impactos não apenas financeiros, mas também no ensino dos alunos podem acontecer.
A Secretaria Municipal de Educação já solicitou à Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, que fossem realizados estudos sobre a viabilidade da municipalização das escolas de ensino fundamental, e quais são os reais impactos para os professores, diretores e principalmente para aqueles que realmente importam: os alunos.
A principal preocupação da prefeitura no que diz respeito a este tema é que a educação dos alunos seja da melhor qualidade possível. Além disso, a partir do que foi assegurado pelo Governo do Estado de São Paulo, não haverá nenhum prejuízo aos professores do estado, que continuarão a trabalhar normalmente, com a diferença apenas de que não estariam mais sob tutela do Estado e sim da Secretaria Municipal de Educação.
É importante frisar que a prefeitura não fará nada sem antes ter todo o planejamento e estudo em mãos. Por isso, qualquer discussão sobre o assunto neste momento se torna fora de contexto”.