Dengue: Semana registra aumento de 152 casos de dengue em Marília

Secretaria Municipal da Saúde orienta para principais ações de combate ao mosquito transmissor

Enquanto a pandemia de Coronavírus se espalha pela cidade, a epidemia de dengue também cresce gradativamente. São mais 152 casos nessa semana, com um total de 1.272 exames positivos este ano em Marília. E mais 366 aguardam resultado da análise laboratorial.

Marília vive uma nova epidemia de dengue desde abril. O quadro se configura quando há mais de 300 casos por 100 mil habitantes, o que, para Marília, representaria pouco mais de 700 pessoas contaminadas.

Outros fatores influenciam nessa afirmação, mas o principal critério técnico é o número de transmissão. É o segundo ano epidêmico de dengue depois de uma fase mais tranquila entre 2016 e 2018.

Em 2015, o município passou pela epidemia mais grave de doença em sua história, com mais de 20 atestados de óbitos e 16 mil casos suspeitos, embora nem todos tenham sido confirmados (pelo grande volume de contágio).

Depois de três anos sem números tão expressivos da doença, o ano passado teve cerca de três mil casos e neste ano a cidade já está com 1.272 confirmações nesses cinco primeiros meses.

De primeiro de janeiro até o dia 28 de maio a Secretaria Municipal da Saúde informou que foram notificados 3.551 casos suspeitos da doença, sendo que 1.913 foram descartados e 1272 deram positivo.

Casos sobem apesar do frio

Apesar do frio que fez nos últimos dias, a dengue continua avançando. A Secretaria Municipal da Saúde fez um alerta sobre os cuidados de prevenção mesmo durante o inverno, período em que a reprodução do mosquito transmissor, Aedes aegypti, costuma ser mais lenta.

“A melhor forma de prevenção da dengue é evitar a proliferação do mosquito, eliminando água armazenada em pontos que podem se tornar possíveis criadouros”, afirmou a pasta.

O veterinário da Divisão de oonoses da SMS, Lupércio Garrido, acrescentou que “se os criadouros (água parada) não forem eliminados, os ovos depositados (do Aedes) podem permanecer intactos por meses e, quando a estação quente recomeçar, eles vão eclodir, dando origem a um novo ciclo do mosquito”.

Lupércio Garrido informa que as visitas domiciliares continuam sendo realizadas pelas equipes de agentes de saúde lotados em todas as áreas de abrangência das unidades de saúde.

O objetivo é a identificação de fatores de risco, eliminação e tratamento focal de criadouros, assim como orientação à população. “Na próxima semana vamos fazer também o trabalho de nebulização nos bairros Chico Mendes e Argolo Ferrão”, disse.

Fonte: jornaldamanhamarilia