Marília tem 1 internação por câncer de pele a cada 2 dias

Entre janeiro e setembro deste ano Marília registrou em seus hospitais, que são referência para a região, 182 internações por conta do câncer de pele. Durante todo o ano passado foram 164 casos.

Isso significa que em 2019 haverá um aumento no número de internações por conta desse tipo de tumor maligno em relação ao ano anterior.

A cidade deve inclusive superar as internações pela mesma doença de 2017 – com 189 casos naquele ano.

Em média, Marília computou uma internação a cada dois dias durante o período com dados disponíveis para este ano e 92,3% dos casos envolveram pessoas com 50 anos ou mais. Quase 75% dessas internações ocorreram na Santa Casa de Misericórdia de Marília.

Entre todos os casos de internações na cidade, mais de 100 são referentes a marilienses. Os demais são moradores de outras cidades. As informações são do Ministério da Saúde.

Este mês é celebrado o Dezembro Laranja, com apoio da Sociedade Brasileira de Dermatologia, pela prevenção do câncer de pele.

No Brasil, esse tipo de câncer representa cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no país, conforme dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca).

Para 2018 e 2019 a estimativa é de 165.580 casos por ano no país – 85.170 homens e 80.140 mulheres.

Prevenção

“Mais de 90% dos casos de câncer de pele são causados pela exposição aos raios ultravioleta do sol”, alerta o dermatologista e cirurgião dermatológico Elimar Gomes, coordenador do grupo de Dermatologia do Centro Oncológico da Beneficência Portuguesa de São Paulo.

Gomes é o atual coordenador nacional da campanha Dezembro Laranja, cujo objetivo é aumentar a conscientização sobre a doença para reduzir o número de casos.

De acordo com ele, “inúmeros estudos demonstram que tanto a exposição crônica diária à radiação ultravioleta (pequena quantidade de sol nas áreas expostas do corpo durante muitos anos de vida) quanto a exposição intensa e intermitente à radiação ultravioleta (episódios de exposição prolongada e desprotegida ao sol que levam a queimadura solar) estão diretamente relacionados ao aumento do risco de desenvolvimento de câncer de pele”.

O dermatologista informa que há estudos demonstrando a redução da incidência de câncer de pele com o uso de protetor solar e até mesmo de melanoma, o tipo de câncer de pele mais agressivo.

“O câncer de pele está visível para todos nós, então um maior conhecimento sobre a doença determina o diagnóstico precoce, que possibilita a cura na grande maioria dos casos. Pelo sexto ano consecutivo a SBD realiza a campanha para alertar a população sobre prevenção, diagnóstico e acesso ao tratamento da doença no Brasil”.

Fonte: marilianoticias