Campanha de vacinação contra sarampo é ampliada para nove cidades

A Secretaria de Estado da Saúde anunciou a ampliação da campanha de vacinação contra sarampo para outros nove municípios da região, devido à circulação do vírus: Barueri, Carapicuíba, Diadema, Mairiporã, Mauá, Santana de Parnaíba, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra e Taboão da Serra.

Além disso, segue em curso na capital e nas cidades de Guarulhos, Osasco, São Bernardo do Campo, Santo André e São Caetano do Sul, que começaram a imunização no dia 11 de julho. Com a ampliação, o público-alvo total passa a ser de 4,4 milhões de jovens nessa faixa etária.

A imunização é destinada a jovens com idade de 15 a 29 anos, considerada mais vulnerável a infecções devido a menor procura pela segunda dose da vacina. Por isso, a imunização deve ser feita de forma indiscriminada nesse público, ou seja, sem obrigatoriedade de apresentação da carteira vacinal.

A ação conta com apoio das Secretarias Municipais de Saúde e também da Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo), que está auxiliando na conscientização sobre a importância de vacinação, por meio de projeções em painéis eletrônicos de rodovias localizadas na Região Metropolitana de São Paulo, como Bandeirantes, Imigrantes, Anchieta, Rodoanel, entre outras.

A Secretaria segue firmando parcerias para ampliar o engajamento da população. Organizações públicas e privadas estão sendo mobilizadas pela pasta, no sentido de ajudarem as Prefeituras a alcançar com mais facilidade a população, com ações de vacinação extramuros em parques, residências, hospitais, bem como escolas e universidades no período de volta às aulas, por exemplo. A Secretaria de Estado da Educação também é apoiadora da campanha.

“A Secretaria está monitorando a circulação do sarampo em SP e, justamente por identifica-la em outros municípios, ampliamos a campanha com o objetivo de imunizar a população jovem, prioritariamente, e interromper a transmissão da doença nessas cidades”, afirma o Secretário de Estado da Saúde, José Henrique Germann Ferreira.

O Centro de Vigilância Epidemiológica estadual mantém o monitoramento em todo o território e, se constatada a necessidade, poderá mobilizar campanhas em outros municípios. Todas as Prefeituras devem fazer bloqueios diante de notificações de casos suspeitos, conforme diretriz do Ministério da Saúde.

No decorrer do mês, estão previstos ainda treinamentos online e presenciais para profissionais de saúde, visando o aperfeiçoamento das ações de vigilância, com foco em: hipótese diagnostica oportuna, manejo clínico adequado, coleta e envio de amostras biológicas, notificação para ações de bloqueio e varredura em tempo hábil (até 72h).

Balanços

Desde 10 junho, a capital vacinou 150,6 mil pessoas, e segue com a meta de imunizar 2,9 milhões de jovens. As cinco cidades que iniciaram a campanha no dia 11 imunizaram 20,5 mil em uma semana, com meta total de 900 mil jovens.

Em fevereiro, uma estratégia similar foi iniciada na cidade de Santos, outro ponto estratégico de entradas e saídas do país devido ao Porto, o maior da América Latina. A vacinação foi planejada devido à notificação de casos no navio de cruzeiro Seaview, da MSC, na costa brasileira. A campanha em curso na Baixada Santista visa a imunização de 91 mil jovens e adultos de 15 a 29 anos. Desse total, cerca de 65 mil pessoas foram vacinadas, até o momento.

Em 2019, até o momento, foram confirmados 484 casos de sarampo em SP (confira abaixo a tabela com os dados). Desse total, 75% se concentram na capital, com 363 casos. Na cidade de São Paulo, a campanha começou em 10 de junho, com a meta de vacinar 2,9 milhões de pessoas na faixa etária indicada.

Embora representem aproximadamente 20% da população paulista, esses jovens respondem por cerca de metade dos casos do Estado.

Outros 36 casos (17,5%) abrangeram crianças com menos de 12 meses, público já abrangido na rotina pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), que prevê administração da tríplice viral aos 12 meses, e um reforço aos 15 meses com a tetraviral (sarampo, rubéola, caxumba e varicela).

Os profissionais de saúde das redes pública e privada também devem estar imunizados, considerando a possibilidade de contato com pessoas infectadas.

Há contraindicação para gestantes e imunodeprimidos, como pessoas submetidas a tratamento de leucemia e pacientes oncológicos.