Aedes: Índice coloca Tupã em “estado” de risco para Chikungunya, Dengue e Zika

O índice de infestação do mosquito Aedes Aegypti em Tupã é de 7,09

O site conseguiu com exclusividade através da Sucen (Superintendência de Controle de Edemias) o resultado do Índice de Breteau, do município e outras cidades da região.

O prazo

O Levantamento Rápido de Índice para Aedes Aegypti (LIRAa) nacional deve ser realizado por todos os municípios até o dia 16 de novembro e enviado até 23 de novembro.

O município de Tupã conforme aponta o Sistema da Sucen, realizou seu levantamento de 29/10 a 08/11 e terminou hoje o lançamento dos dados no sistema. Sendo 8 dias trabalhados e segundo especialistas o máximo deveria ser até 5 dias. Mas segundo fontes ligadas à Secretaria Municipal da Saúde, vários funcionários entraram em período de férias justamente no período deste compromisso do município com o Ministério da Saúde.

Resultado se compara a município sem equipe

O resultado obtido neste IB é um dos maiores da história de Tupã para o período, visto que em 2006 criaram-se as profissões de Agente de Combate às Endemias e Agente Comunitário de Saúde, através de Lei Federal.

Quando da municipalização da Saúde, em 1990, o município realizou concurso para 12 vagas de “Visitador Sanitário”, sendo que os mesmos foram nomeados em 1991 e somente 5 ficaram trabalhando no setor, os outros 7 ficaram em desvio de função. Com a primeira epidemia de dengue no município em 1995 as coisas começaram a mudar. Neste período os índices passavam de 10.

Em 2003 o município implantou 3 Unidades do Programa “ Estratégias Saúde da Família”, em 2009 realizou um concurso público efetivando 30 Agente de Combate às Endemias(ACE) e 65 Agentes Comunitários de Saúde(ACS), totalizando 10 Unidades do programa. Mas a realidade é alarmante, pois 14 micro-áreas que deveriam ter ACS estão descobertas e a equipe de endemias também esta com problemas de número de agentes no campo. Visto Inquérito Civil em andamento no Ministério Público em Tupã.

Como explicar a realidade hoje com 30 ACE e 65 ACS, totalizando 95 agentes contra apenas 12 da década de 90?

Metodologia

O Índice de Breteau (IB) tem sido utilizado na avaliação da densidade larvária do Aedes aegypti e sua mensuração é feita em uma amostra probabilística dos imóveis existentes na área urbana dos municípios infestados. A totalização dos imóveis, para efeito deste levantamento, deve excluir os pontos estratégicos, uma vez que, por serem locais vulneráveis à infestação vetorial, devem possuir uma rotina diferenciada de levantamento de índices. O delineamento de amostragem para cada município será determinado em função da sua densidade populacional e do número de imóveis existentes, sendo considerada uma técnica de amostragem por conglomerados, tendo o quarteirão como a unidade primária de amostragem e o imóvel, a unidade secundária.

O índice mais comumente utilizado e leva em consideração a relação entre o número de recipientes positivos e o número de imóveis pesquisados, embora também não leve em conta a produtividade dos diversos tipos de criadouros. É corrigido de forma que o resultado seja expresso para 100 imóveis.

IB = Recipientes positivos x 100/Imóveis pesquisados

 

Mas a população não colabora

Sabedora disso as autoridades de saúde criaram os cargos de ACS e ACE, para o controle e combate ao mosquito.

“Se não tomarmos todas as medidas de prevenção neste momento, teremos um verão com transmissão de arboviroses como a dengue, zika e chikungunya e também risco de infestação do mosquito Aedes agypti, devido às chuvas constantes e calor. Tire hoje 10 minutos para você realizar uma varredura na sua residência, eliminando todos os recipientes que possam acumular água e servir de criadouro”.